Assassino da idosa Ana de Almeida matou outra mulher em Ouro Preto do Oeste, RO

O criminoso Yan Ricardo Zabala Monteiro, 22 anos, autor do assassinato da pecuarista Ana Almeida, de 73 anos, homicídio ocorrido na área rural no dia 25 de maio de 2020 na propriedade da vítima na Linha 80, executou outra mulher na cidade de Ouro Preto do Oeste 54 dias depois.

Segundo a Polícia Civil Yan, que é boliviano, é o principal suspeito do assassinato praticado em Ouro Preto do Oeste na madrugada de 18 de julho, no Jardim Aeroporto II, crime no qual foi vítima Maria de Jesus Mendes, de 42 anos.

Maria foi executada no cruzamento da Rua São Luiz com a Rua Celso Carminatti, via de área chacareira próximo à Escola Infantil Paulo Freire.

Entre um crime e outro, o autor dos crimes conheceu Renata Costa Santiago, neta do falecido pecuarista José Costa. O primeiro contato foi com o marido de Renata, de nome José, de 60 anos, que também está preso. José e Renata ofereceram a casa onde residem para Yan matar a idosa Ana de Almeida.

Maria de Jesus Mendes levou um único tiro na altura do queixo, a bala saiu pela nuca. O corpo foi encontrado envolto em uma poça de sangue, e ao lado havia uma garrafa quebrada. O delegado Niki Alves Locatelli e sua equipe chegaram a Yan após ações de combate ao tráfico de drogas na cidade de Ouro Preto.

“De fato o Yan foi um rapaz que teve uma curta passagem em Ouro Preto e fez grande estrago. Foi ao menos dois homicídios e o tráfico de drogas que ele coordenava aqui. O tempo dele foi muito curto graças a ação conjunta da polícia e a colaboração da população”, pontuou o delegado.

MARIA DE JESUS FOI EXECUTADA POR YAN NA RUA DA ESCOLA PAULO FREIRE, NO JARDIM AEROPORTO II

Pelo 1º homicídio, Yan Zabala e sua mulher, Ângela Maurício da Silva, a “ruiva”, tinham mandado de prisão expedido pelo juiz Fábio Batista da Silva que respondia interinamente pela 1ª Vara Criminal do Fórum comarca de Ouro Preto do Oeste, acabaram presos em flagrante no dia 21 de agosto em Jaru, pela Polícia Militar, por tráfico de drogas.

Agora, Yan Ricardo Zabala responderá na Comarca de Ouro Preto do Oeste por dois homicídios e sua amasia pela coautoria de uma das mortes, a de Maria de Jesus; ele também responderá a outro inquérito por crime de tráfico de drogas.

O delegado Niki Alves Locatelli informou que os mandados concedidos pelos dois crimes são recheados de provas robustas colhidas no trabalho de investigação dos Inquéritos Policiais em curso.

Segundo a investigação, o assassinato da mulher no Jardim Aeroporto II teria sido motivado por causa da disputa por pontos de drogas.

ÂNGELA, MULHER DE YAN, QUE ESTÁ PRESA, CHEGOU A BATER COM CABO DE REVÓLVER NA CABEÇA DE UMA VICIADA E LEVOU  MOTO DELA  

A Polícia Civil Judiciária descobriu no curso da investigação que Ângela teria utilizado um revólver para dar uma coronhada na cabeça de uma mulher, e tomado na marra a moto da vítima por causa de uma dívida que o marido dela que é usuário de drogas tinha com a mulher do traficante.

Yan se tornou o principal suspeito a partir das investigações iniciadas pela equipe do Sevic de Ouro Preto do Oeste, que, com apoio de policiais do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar, partiram em duas equipes para Jaru para tentar localizar o criminoso e sua companheira.

Yan Zabala deixou Ji-Paraná e ramificou suas atividades criminosas em Ouro Preto do Oeste e, como foi preso com 150 pedras de crack e dinheiro em espécie em Jaru, a ação conjunta das polícias dos dois municípios foi exitosa.   

A amasia de Yan, também foi presa por impor intimidação e violência contra outros suspeitos de comercializar drogas e contra usuários que contraem dívidas. Segundo os investigadores, a motocicleta que ela utilizava em Jaru no dia que foi presa pertence a mulher de um indivíduo que levou uma coronhada de revólver na cabeça para entregar a ruiva a sua moto e o documento.

Yan e ruiva começaram a fornecer entorpecente para o casal comercializar, e como eles são usuários acabaram contraindo uma dívida, não pagaram e a motocicleta teria sido tomada mediante graves ameaças. Ruiva e outra mulher é que teriam praticado a ação. Além de Ouro Preto do Oeste e Jaru, segundo os investigadores o casal também esteve em Vale do Paraíso a fim de ramificar suas ações.