Foi sepultado na noite desta quarta-feira (16) mais um paciente vítima de coronavirus que estava internado em Cacoal, e o corpo foi trazido para Ouro Preto do Oeste e levado direto para o cemitério municipal.
O paciente era J.A.F., de 51 anos, que residia no Jardim Novo Horizonte. A reportagem apurou que ele fazia hemodiálise, tinha um quadro de saúde bastante vulnerável. A publicação colocou apenas as iniciais do paciente por não ter feito contato com a família para pedir a autorização, tendo em vista que há familiares que não querem divulgar o falecimento do ente querido.
A publicação também tomou conhecimento que a família do paciente está indignada por ter sido comunicada do óbito 24 horas depois, causando transtorno, e tendo que sepultar durante a noite
Familiares de pessoas mortas com laudo de covid-19 dificilmente aceitam o fato de não ver mais o ente querido, sequer para uma missa, culto ou despedida. Não apenas parentes, mas a maioria dos trabalhadores de funerária têm reclamado desses sepultamentos noturnos que são muito perigosos.
No enterro do pai da radialista da rádio comunitária, um agente funerário caiu dentro de uma cova, situação constrangedora.
“Os Epis (equipamento de proteção individual) dificultam a mobilidade e a visão, são muito desconfortáveis e o período da noite torna as coisas piores”, ressaltou um funcionário da funerária da Associação Vida Nova.
A Secretaria Municipal de Saúde (SEMSAU) se manifestou a respeito dessa reclamação de sepultamento noturno e na questão da informação atrasada do óbito. “Temos que seguir o protocolo, nossa função é tentar tratar o paciente aqui na cidade. Mas quando é encaminhado para internação em outro polo de saúde somos informados apenas no momento que é para ir buscar o corpo”, justifica o secretário de Saúde Cristiano Ramos Pereira.
Fonte: www.correiocentral.com.br