Foi preso nesta quarta-feira no município de Mirante da Serra (a 390 quilômetros de Porto Velho) o policial civil Joaquim Raimundo da Silva, o popular “Joaquim aranha”, 69 anos, sob a acusação de ter assassinado o seu ex-genro, o pedreiro Jeovani Arrabal, que tinha 42 anos, no dia 07 de novembro de 2014, na Linha 80 (estrada do Tocari), a 06 quilômetros da cidade de Ouro Preto do Oeste.
Contra ele, pesa também a suspeita do assassinato de Alex Flávio de Oliveira, que tinha 27 anos, ocorrido em Mirante da Serra no dia 31 de janeiro de 2013, na própria residência da vítima, à rua Gonçalves Paiva. Alex foi encontrado morto dentro do seu veículo, um Fiat Strada.
O filho do policial, Naésio Silva Santos, 33 anos, que é acusado de participação na morte de Alex Flávio, foi preso em Porto Velho, também nesta manhã.
Naésio teria arquitetado o plano de execução de Alex motivado de ódio, por ele ter se envolvido com sua ex-mulher e com uma amante, enquanto o pai Joaquim aranha foi o autor do assassinato.
A prova principal de que o policial Joaquim aranha executou as duas vítimas é uma pistola calibre 380 apreendida pela Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste, cuja prova de balística comprovou que os projeteis que mataram Jeovani e Alex partiram desta mesma arma.
Joaquim Aranha foi preso na Delegacia Civil de Mirante da Serra, pelos três delegados e três agentes de Ouro Preto do Oeste, que apresentaram a ele um mandado de prisão expedido pelo juiz criminal Haruo Mizusaki.
EXECUÇÃO DO EX-GENRO
Jeovani foi executado com 12 tiros e levou cinco disparos na cabeça, de pistola calibre 380, numa via com entrada no Km 03 quilômetros da Linha 80. Investigações preliminares levantadas no dia do crime indicavam que a vítima foi atraída para o local onde foi assassinada, por um telefonema de alguém conhecido.
Jeovani era filho do ex vice-prefeito de Ouro Preto do Oeste João Pedro Arrabal, e irmão do empresário e ex-vereador Juarez Arrabal. A vítima era separada da filha do policial Joaquim Aranha, com quem teve uma filha, hoje com 19 anos e um filho com 15 anos.
Momentos antes de ser morto Jeovani e se dirigiu para a casa de sua mãe para almoçar. Ele nem chegou a almoçar e recebeu uma ligação em seu celular. Jeovani teria dito a mãe: ‘vou ali e já volto’. Ele então ligou a motoneta Honda C-10 Biz vermelha e se dirigiu no sentido da Linha 80, onde foi morto.
Familiares de Jeovani contaram que o policial civil Joaquim Aranha compareceu no dia do velório em Ouro Preto do Oeste e chorou copiosamente, dizendo que não aguentava estar ali por que se sentia como quem tinha perdido um filho; ele ajudou a carregar o caixão do ex-genro morto e dias após o crime mostrava interesse em descobrir quem havia assassinado Jeovani Arrabal.
O policial civil será transferido para Porto Velho, para o Centro de Correição da Policia Militar.
Fonte: www.correiocentral.com.br
Autor: Edmilson Rodrigues