Polícia de Ouro Preto do Oeste aponta 4 suspeitos de explodir caixa do Banco do Brasil

Após 2 anos e quatro meses de investigação, a Polícia Civil Judiciária do Estado de Rondônia, através da Delegacia de Polícia Civil em Ouro Preto do Oeste, finalizou o Inquérito sobre a explosão do caixa eletrônico do Banco do brasil do terminal da rodoviária intermunicipal localizada na Avenida Duque de Caxias, e apontou uma mulher e três homens como responsáveis pelo roubo.

A explosão ocorreu na madrugada do dia 3 de março de 2017, entre 1h30 e 1h40 da madrugada de um sábado, e teria rendido mais de R$ 250 mil aos criminosos. A explosão fez voar dezenas de notas pelo pátio da rodoviária, e três pessoas que cataram dinheiro e colocaram no bolso chegaram a ser detidas por furto.   

A investigação realizada por uma equipe do Serviço de Investigação e Captura (Sevic) da Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste chegou aos suspeitos Daniana Aparecida Souza Ribeiro, a “Dani Lorinha”, 33 anos, Leancledson da Silva Torres, 36, Jhonatan Leite da Silva, 27, e de Luiz Carlos Pinto da Cruz, de 35 anos.

O impacto da explosão do terminal de autoatendimento danificou a estrutura de uma loja de conveniência e do restaurante da rodoviária. O caixa ficava entre os dois pontos comerciais.

Os criminosos chegaram ao local fortemente armados em um veículo Renault Sandero, cor prata com emplacamento NTX 0750, roubado em Cuiabá/MT, que foi abandonado pelos bandidos em uma Rua há cerca de 1 Km da rodoviária.   

O pedido de prisão preventiva dos quatro foi representado pelo delegado Niki Alves Locatelli junto à Vara Criminal do Fórum da Comarca, e a partir decretação pelo juiz criminal os quatro suspeitos serão considerados foragidos da Justiça.  

A INVESTIGAÇÃO POLICIAL

Os investigadores designados para elucidar o crime chegaram aos quatro suspeitos, e após inúmeras diligências realizadas pela Polícia Civil, foi possível chegar à autoria delitiva, com base em depoimento de testemunhas e uma longa investigação.

A polícia apurou que Luiz Carlos Pinto da Cruz e Daniana Aparecida tinham uma união estável à época e vieram de Mato Grosso para a capital Porto Velho, onde uniram-se a Leancredson e Jhonatan que têm vasta ficha criminal no estado.

Segundo os investigadores, os quatro suspeitos vieram para Ouro Preto do Oeste três dias antes do da explosão do caixa do BB em um veículo VW Gol de cor vermelha, que pertencia a Daniana. “Eles chegaram a alugar duas casas em Jaru, cumprimos um mandado em uma delas após o crime, mas eles já haviam evadido”, relata um investigador que trabalhou no caso.

O veículo roubado em Cuiabá e usado na ação criminosa ficou escondido, e antes de praticar o crime o bando circulando no VW Gol estudou todos os caixas da cidade de Ouro Preto do Oeste, e escolheu o da rodoviária.

O Renault Sandero abandonado passou por perícia papiloscópica, e foram colhidas impressões digitais no carro além de notas e recibos de serviços no veículo VW Gol, e de locais onde os criminosos estiveram. Com essas informações, os investigadores mapearam

os passos dos suspeitos na cidade e os identificaram um por vez.    

Após o roubo os suspeitos se esconderam. Quatro dias após a explosão do caixa em Ouro Preto, o casal retornava para Mato Grosso pela BR-364 e tentaram furar um bloqueio da PRF em Vilhena. Daniana Aparecida foi capturada enquanto Luiz Carlos Pinto da Cruz fugiu para uma mata com uma mochila nas costas.

No interior do Gol apreendido pela PRF, havia um documento falso em nome de Luiz Bispo Campos Ferreira, que era utilizado por Luiz Carlos Pinto da Cruz.

O delegado Niki Locatelli argumenta no pedido de prisão dos suspeitos que “o conjunto dos elementos de informações coletados torna induvidosa a autoria do crime por parte dos representados, bem como evidencia a periculosidade dos agentes que, agindo de modo destemido e violento, pratica reiteradamente crimes de enorme gravidade”.  

Casal Dani lorinha e Luiz Carlos são apontados como mentores do roubo

Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste mapeou os locais onde os suspeitos estiveram no VW Gol vermelho

Leancredson da Silva, de Porto Velho, também teria participado do crime

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