Correio Central
Voltar Notícia publicada em 27/09/2017

Pastor e esposa são presos sob acusação de estuprar adolescente para expulsar maldição do sexo

O pastor disse que ela deveria fazer o ‘Sacrifício de Abraão’ porque ela tinha a maldição de sexo e só quebrava com sexo.

Um pastor e sua esposa foram presos sob acusação de estuprarem uma menor de idade e agora a Polícia Civil investiga se outras pessoas sofreram o mesmo tipo de abuso. Segundo a denúncia, o casal convencia as vítima alegando a existência de uma maldição que seria quebrada apenas com a prática de sexo.

A prisão do casal aconteceu na última sexta-feira, 22 de setembro, na cidade de Edeia, na região sul de Goiás. A menina que foi vítima de estupro afirmou que o caso começou quando ela tinha 13 anos de idade e se estendeu por pouco mais de dois anos.

De acordo com informações do G1, o mandado de prisão temporária foi expedido após a denúncia da vítima, que hoje tem 16 anos de idade. O delegado responsável pelo caso, Quéops Barreto, afirmou que o casal nega as acusações e ainda não tem um advogado.

“O pastor disse que ela deveria fazer o ‘Sacrifício de Abraão’ porque ela tinha a maldição de sexo e só quebrava com sexo. Ele falava que, se não fizesse, a mãe e os irmãos iam morrer, usava a fé e o medo”, explicou o delegado Barreto.

A esposa do pastor tinha conhecimento dos abusos, segundo o delegado, e contribuía para que o marido estuprasse as vítimas: “As tratativas eram feitas com a esposa. Ela dizia que a vítima precisava fazer aquilo, ensinava a fazer o ritual”, acrescentou o delegado.

As circunstâncias do abuso ocorreram aproximadamente vinte vezes: “Primeiro, ele disse que era preciso de três relações, depois mais sete e depois mais sete. Ele disse que mesmo se ela fizesse, ia permanecer virgem”, relatou Barreto, acrescentando que o encontro acontecia na igreja e o pastor, supostamente, levava a menina para casa, que fica na mesma rua.

“Outras pessoas se pronunciaram dizendo ou que aconteceu com elas, ou que tentaram. Acreditamos que existam ainda mais, mas não foram localizadas ainda. Essas meninas ainda não prestaram depoimento formal, então ainda não sabemos se a situação foi a mesma apresentada pela primeira vítima ou se houveram outras alegações”, concluiu o delegado.

Fonte: Gospel Prime

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