Acusado de tentar assassinar a ex-companheira e decepar suas duas mãos durante uma discussão, Elton Jones Luz de Freitas teve a pena reduzida pela Justiça do Rio Grande do Sul, em sentença dada em julgamento de apelação realizada no dia 31 de janeiro. As informações são do portal G1.
O crime aconteceu em agosto de 2015. Freitas chegou a ser condenado a 17 anos e quatro meses de prisão em regime inicial fechado, mas, com a nova decisão, a pena foi reduzida para 14 anos de reclusão em regime fechado, com progressão para o semiaberto em dois anos.
O Ministério Público gaúcho afirmou, segundo o G1, que analisa a possibilidade de recorrer da decisão. A defesa de Freitas alegou “ocorrência de erro ou injustiça na aplicação da pena” e também pediu a anulação do Júri.
Este último pedido foi negado pelos desembargadores Rosaura Borba, Luíz Mello Guimarães, e Victor Barcelos Lima. Em seu voto, a relatora Rosaura destacou, de acordo com o G1, a “compensação realizada na origem entre a agravante do recurso que dificultou a defesa da vítima com a atenuante da confissão espontânea [do réu]”. Os outros desembargadores a acompanharam.
Elton Jones Luz de Freitas foi condenado, no dia 27 de março de 2018, a 17 anos e quatro meses de prisão em regime fechado após responder por tentativa de homicídio triplamente qualificado. Os jurados consideraram Elton culpado pela tentativa de matar sua ex-companheira Gisele Santos de Oliveira com golpes de facão, resultando na amputação das mãos e do pé direito dela.
Conforme a denúncia encaminhada pelo Ministério Público, após discutir com Gisele e inconformado com o fim da relação, o agressor a trancou no quarto e tentou matá-la. Freitas desferiu golpes no rosto, couro cabeludo, membros inferiores e superiores. Os braços direito e esquerdo da ex-companheira, assim como o pé direito, que tiveram que ser amputados.
Durante a tentativa de execução, o réu dizia: “Morra, sua desgraçada”, segundo destacou o MP. O crime foi considerado triplamente qualificado, por ter sido cometido por meio cruel, ter tido o recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além do emprego de violência doméstica e familiar. Ela precisou se fingir de morta para sobreviver, e foi socorrida por vizinhos.
Fonte: Yahoo Notícias