Correio Central
Voltar Notícia publicada em 30/08/2017

Morador de Ouro Preto do Oeste é preso nos Estados Unidos por esquema de lavagem de dinheiro de U$$ 100 milhões

O primeiro na foto, Wesley, é filho de taxista em Ouro Preto e cunhado de um político na cidade. Ele foi preso no condado de Burlington

Um morador de Ouro Preto do Oeste, Wesley dos Santos, 33 anos, foi preso na última segunda-feira pela polícia do condado de Burlington, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, juntamente com outros dois brasileiros, depois que uma investigação de nove meses elucidou esquema de lavagem de dinheiro que movimentou U$$ 100 milhões, ou R$ 360 milhões.

A polícia apreendeu U$$ 450 mil dólares (R$ 1,4 milhões), nove veículos, três motocicletas e uma coleção de 30 relógios caros de luxo. A polícia também descobriu que Wesley, que mora em Palmyra – e é filho de um taxista e cunhado de um político com mandato em Ouro Preto do Oeste - e os outros dois residentes em Cinnaminson, são ilegais nos EUA.  

Em reportagem do jornal O Globo, o promotor Scott Coffina, que atuou no caso, destaca que este não é um crime sem vítimas, as transações financeiras ilegais e a ocultação de pagamentos a trabalhadores indocumentados nos EUA privaram o governo norte-americano de impostos, e colocaram trabalhadores vulneráveis em perigo.

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Três brasileiros que moram em New Jersey foram presos na última segunda-feira, 28, acusados de um esquema de “lavagem de dinheiro” por meio de troca de cheques para pagamento de trabalhadores da construção civil, que somam mais de $100 milhões de dólares.

Renato Maia da Silva, de 34 anos, e Lucas Alves, de 33, de Cinnaminson; e Wesley dos Santos, de 33, de Palmyra, são acusados por crime financeiro e atividade criminosa.

O esquema foi descoberto em uma investigação que durou nove meses, quando a polícia de Cinnaminson (NJ) suspeitou de operações ilegais de cheques e passou a investigar a empresa MAIA Consulting, de propriedade de Renato, em novembro do ano passado.

O Ministério Público do Condado de Burlington descobriu que a empresa servia de “fachada” e foi usada por várias empresas de construção ao longo da Costa Leste para ocultar pagamentos a trabalhadores indocumentados no setor de construção civil. A suspeita é que diversas empresas de construção, empreiteiras e construtoras estejam envolvidas no esquema.

Para o promotor público do condado de Burlington, Scott Conffina, este não é um crime sem vítima. “Essas transações financeiras ilegais aumentaram os custos de construção em nossa área, privaram vários órgãos governamentais de receitas fiscais necessárias e colocaram alguns dos nossos trabalhadores de construção em risco por não terem nenhum seguro trabalhista”.

As autoridades apreenderam quase $ 450 mil dólares em dinheiro e fundos depositados, nove veículos, três motocicletas e uma coleção de 30 relógios de luxo.

As autoridades informaram também que os três acusados não têm documentos para viver legalmente no país. Eles estão sob custódia e o caso foi encaminhado para o Immigration and Customs Enforcement (ICE).

Com informações do CBS News.

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