Correio Central
Voltar Notícia publicada em 27/06/2017

Homicídio no Park Amazonas: Diego é condenado a 16 anos e quatro meses e Luana a 12 anos de prisão

Diego e Luana estão presos desde 2015, acusados pelo assassinato de Diule Rodrigues, morta a pauladas numa casa em construção no Park Amazonas

Diego Pereira, 28 anos, Luana Braz da Silva, que completa 21 anos no 19 de julho, foram julgados nesta terça-feira (27) em Sessão de Julgamento no Fórum da Comarca de Ouro Preto do Oeste pelo crime de homicídio qualificado, praticado contra Diule Rodrigues de Oliveira, que tinha 26 anos, e foi assassinada a pauladas na madrugada do dia 17 de maio de 2015, em uma casa em construção no loteamento do residencial Park Amazonas (quadra 55).

Os jurados entenderam que os réus praticaram crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe, e mediante recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima, e Diego foi condenado a 16 anos e quatro meses e Luana Braz a 12 anos de prisão em regime fechado. A sentença foi lida as 16h55 pelo juiz Presidente do Júri Haruo Mizusaki.  

A pena de Diego foi maior, agravada pela reincidência, já que ele havia sido condenado pelo crime de tráfico de drogas e no julgamento preferiu negar participação no crime, e até que mantinha relacionamento ou conhecia Luana. Já Luana Braz, confessou que estava presente no crime e forneceu detalhes de como o assassinato de Diule teria ocorrido e que a vítima, que era usuária de drogas, foi atraída para a morte.   

Durante o julgamento, Luana Braz manteve a versão de que Diego foi o autor das pauladas desferidas contra Diule por motivo de vingança e uma dívida de R$ 300,00 de drogas, e que só confessou o crime porque teria sido ameaçada de morte caso não afirmasse que matou Diule; ela narrou detalhes incriminando Diego e manteve o mesmo depoimento que sustenta desde quando mudou sua versão para o crime, depois que foi presa.

Diego manteve a versão que sustenta desde quando foi preso, em 2015, a de que é inocente, reafirmou que não esteve com Luana e nem estava na cena do crime, e negou que mantivesse relacionamento com a réu, mesmo uma testemunha tendo afirmado que na noite do crime, viu ele, Luana e Diule saírem juntos do seu bar localizado na Avenida Jorge Teixeira.   

O advogado de Diego Dr. Thiago Freire da Silva e o Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça Tiago Cadore, pediram a absolvição do corréu Diego Pereira, por falta de provas de sua participação no crime narrado na denúncia e a condenação da ré Luana Braz da Silva.

Em seguida, a Defensoria Pública, representada pela Defensora Pública Dra. Silmara Borghelot, fez sua explanação em favor de Luana Braz pleiteando a absolvição da ré, ante a negativa de autoria. Durante a fala da Defensora Pública, duas mulheres que assistiam à sessão de julgamento manifestaram-se verbalmente, razão pela qual o juiz determinou suas retiradas do Plenário.

O advogado Thiago freire da Silva, defensor de Diego Pereira, anunciou após o término da Sessão do Tribunal do Júri que vai recorrer da sentença, e pedir a anulação do julgamento.

DIULE FOIENCONTRADA DENTRO DA CONSTRUÇÃO NA MANHÃ DE UM DOMINGO

Fonte: www.correiocentral.com.br - fotos Edmilson Rodrigues

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