Correio Central
Voltar Notícia publicada em 06/01/2017

População de Ouro Preto do Oeste continua sem alternativa para limpar fossas comerciais e residenciais

As empresas construíram as caixas de armazenamento e as mantas de proteção ambiental, mas a prefeitura ainda não regularizou a área do lixão

Empresas e munícipes que necessitam de efetuar a limpeza de fossas sépticas e caixas de gordura na cidade de Ouro Preto do Oeste, há quatro meses estão tendo que pagar no mínimo, R$ 450,00, para empresas de outras cidades recolherem os resíduos, e ainda correndo o risco de serem multados caso sejam denunciado na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) porque este tipo de transporte e tratamento é proibido, e deve ser feito no próprio domicílio, por medida de segurança.

A reportagem do Correio Central flagrou várias fossas sépticas jorrando dejetos fecais fétidos na rua em alguns bairros da cidade. 

Essa situação já causa problemas na cidade com algumas fossas residenciais cheias jorrando resíduos fétidos na rua, e proprietários de comércios menores como restaurantes ameaçam fechar temporariamente seu estabelecimento porque não podem arcar com os custos do pagamento semanal de caminhões auto fossa de outras cidades como eles têm feito nos últimos meses.  

Com o aumento das chuvas as fossas transbordam e o problema tende a se agravar, e enquanto a prefeitura não providenciar a regularização da área, as empresas da cidade já providenciaram a parte exigida pela promotoria de Justiça, mas estão proibidas de coletar resíduos das fossas e depositar no local.

O serviço foi suspenso pelas duas empresas coletoras de resíduos da cidade as partir de uma ação do Ministério Público acatada pela Justiça, que aplicou uma multa de R$ 200 mil na prefeitura e proibiu que fossem depositados resíduos das fossas da cidade até que sejam construídos tanques de decantação, mantas de proteção, e plantadas árvores ao redor do local onde são depositados os resíduos na área ao lado do lixão na Linha 200.

Segundo os representantes das empresas, a parte deles já foi providenciada. As lagoas de tratamento já foram construídas, as lonas de impermeabilização já foram instaladas, mas resta à prefeitura regularizar a documentação da área que é uma exigência do Ministério Público.

Segundo o representante de uma empresa, o prefeito Vagno Panisoly concedeu entrevista falando sobre o assunto, mas a informação que passaram a ele não procede. “Os clientes que necessitam desse serviço precisam de empresa regular e em Ouro Preto do Oeste não tem, qualquer serviço na cidade é irregular e eles correm o risco de levar uma multa. A gente é uma empresa de coleta de esgoto particular, e estamos aguardando a prefeitura legalizar a área”, finalizou.

REPORTAGEM FLAGROU FOSSA JORRANDO DEJETOS NA RUA NA CIDADE DE OURO PRETO  

Fonte: Por Edmilson Rodrigues


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