Correio Central
Voltar Notícia publicada em 15/07/2013

Sessão na Câmara de Vereadores de segunda será marcante, grevistas prometem lotar a Casa do povo

Existe a possibilidade de um parlamentar descontente com os desdobramentos da questão, e da insatisfação da população, sugerir na sessão de segunda que todos os vereadores devolvam o salário de junho, por não terem trabalhado quase nada.

Na próxima segunda-feira os vereadores se reúnem para mais uma Sessão Ordinária e os vereadores não encontrarão a normalidade perdida após os vereadores Serginho Castilho e Deraldo Manoel Pereira terem proposto o trancamento da pauta na Câmara Municipal (igual fazem os deputados federais) até que a questão da greve na educação municipal fosse solucionada.


Existe a possibilidade de um parlamentar descontente com os desdobramentos da questão, e da insatisfação da população, sugerir na sessão de segunda que todos os vereadores devolvam o salário de junho, por não terem trabalhado quase nada.


O grupo de grevistas liderados pelo Sindicato Municipal já anunciou que vai estar presente na galeria de convidados para acompanhar a sessão, e observar o cumprimento do compromisso firmado pelos vereadores em reunião na sede do Sindicato, devidamente registrada.


A situação está ficando complicada para a Câmara de Vereadores que paralisa as sessões desde o mês passado, a greve não acabou, e uma denúncia comum poderá ser protocolada na justiça por qualquer cidadão, considerando que eles não estão exercendo suas obrigações mais estão recebendo salário de R$ 5,5 mil e usufruindo normalmente de diárias.


A situação é complicada porque existe um racha no Poder Legislativo. De um lado estão Cleide Almeida (PDT), Deraldo Pereira (PT), Rosaria Helena (PSD), Serginho Castilho (PRP) e Miltinho do Bar (PRP) que elegeram o vereador Edis Farias presidente da Câmara, sem o apoio do prefeito.


Na neutralidade, e sem poder de decisão estão os vereadores Geovane Fernandes (PTN), Ivone Vicentin (PHS) e Peragibe Félix (PDT), que concordam com a reivindicação dos servidores da educação, só que não são os autores da ideia de “trancar a pauta” de trabalhos, sem ter a solução para o problema.


O vereador Edis está numa sinuca de bico. Ele não consegue atender os interesses do Poder Executivo porque não consegue articular junto aos cinco vereadores que o elegeram presidente. E se for para o outro lado, será o quarto vereador, e ficará contra os cinco que o elegeram.   


O curioso nisso tudo é que entre os nove vereadores não existe um que é oposição declarada. Todos já se reuniram com o prefeito e fizeram compromisso de pacto pela governabilidade, alguns com direito a indicar colocações de postos de trabalho em portarias nomeadas. Enquanto a novela se arrasta, os alunos do município prejudicados continuam sem aulas, e na vida real terão de estudar até fevereiro de 2014.

 

Fonte e fotos: www.correiocental.com.br

Leia Também