Correio Central
Voltar Notícia publicada em 28/06/2013

Greve na educação pode acabar hoje, prefeito e comissão acertam pré-acordo

Uma diferença de 2% ainda impede o desfecho. As duas partes admitem não querer a longevidade dessa greve, e buscam entendimento

Pré-acordo estabelecido na manhã desta sexta-feira, em reunião ocorrida no gabinete do prefeito com a Comissão de Negociação dos grevistas da educação municipal em Ouro Preto do Oeste pode por fim a paralisação desencadeada pela entidade que defende o interesse dos servidores municipais.


O prefeito Alex Testoni (PSD) se compromete em conceder aumento de 10% no vencimento dos professores, a partir de outubro, e o percentual que a Comissão de Negociação do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais (STPMOP) pediu foi de 12%, para eles convencerem os demais colegas que optaram pela paralisação, a retornarem aos seus postos de trabalho já na segunda-feira.


Uma diferença de 2% ainda impede o desfecho. As duas partes admitem não querer a longevidade dessa greve, e busca entendimento para as aulas retornarem a normalidade o mais rápido possível. Participaram da rodada de negociação o presidente da Câmara, vereador Edis Farias, a vereadora Rosária Helena, Ivone Vicentin, Miltinho do Bar e Serginho Castilho.   


O desgaste é tanto, que a reunião com 3 horas de duração não teve a participação do presidente do Sindicato Delisio Fernandes, que vem tentando aumentar o índice de participação na greve, mobiliza manifestos e confronta publicamente os números anunciado pela administração.  


O prefeito e a comissão fizeram as contas e concluíram que os 10% vão significar uma despesa mensal de R$ 75 mil na folha de pagamento. São R$ 900 mil a mais por ano. Os 2% que a Comissão insiste, vai significar R$ 180 mil por ano a mais nas contas da prefeitura.


O prefeito admitiu para a comissão que só está fazendo o compromisso de conceder os 10%, a partir de outubro, por causa da informação positiva que a receita de ISS de junho bateu o recorde de arrecadação, e com a previsão para cima até setembro, a prefeitura poderá abaixar o índice gasto com folha de pagamento, que está além do limite prudencial (57%), e precisa ficar a 51,4%, para que o aumento esteja assegurado como requer a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.


“A receita de ISS subiu, mas o maior repasse que é o FPM do governo federal está despencando. Tenho que dar o amento, assegurar o pagamento em dia este ano, e pensar como vou pagar em janeiro, fevereiro e março do ano que vem, quando a receita cai novamente”, argumentou o prefeito.


O prefeito e a equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação (SEMECE) se reúnem ainda na tarde desta sexta-feira para fazer mais contas e ver se há possibilidade de conceder aumento de mais 2% em outubro ou não, ou viabilizar outra proposta que satisfaça a categoria pondo fim à greve para normalizar as atividades a partir da próxima segunda.  

 

Fonte: www.correiocentral.com.br

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