Correio Central
Voltar Notícia publicada em 03/06/2014

Levantamento confirma presença da Helicoverpa armigera no Estado

A suspeita da presença de Helicoverpa armigera em Rondônia surgiu no final de 2013, na região do Cone Sul. A partir desta suspeita ficou decidido entre os órgãos ligados à agricultura que a Idaron iria realizar a coleta de lagartas e enviar para análise.

O levantamento sobre a Helicoverpa armigera feito pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) confirmou a presença da praga no Estado.

 

Helicoverpa armigeraataca mais de cem espécies cultivadas ou não, como soja, milho, café e sorgo. O primeiro registro da doença no Brasil ocorreu no oeste da Bahia em fevereiro de 2013.

 

A suspeita da presença de Helicoverpa armigera em Rondônia surgiu no final de 2013, na região do Cone Sul. A partir desta suspeita ficou decidido entre os órgãos ligados à agricultura que a Idaron iria realizar a coleta de lagartas e enviar para análise. Apenas amostra de uma das propriedades deu positiva.

 

Da mesma forma, foram instaladas 36 armadilhas em lavouras de soja em 20 municípios. Em 14 municípios foram confirmadas a presença da helicoverpa armigera. “Mas podemos dizer que ela está presente em todo o Estado porque estudos comprovam que ela voa até mil quilômetros por noite”, explica o coordenador do Programa de Monitoramento de Pragas da Idaron, Getúlio Moreno.

 

Apesar da presença da Helicoverpa armigera, não foi detectado o uso de mais agrotóxicos para o controle. “Em entrevista aos produtores de soja, nenhum reclamou que estava com dificuldades para controlar a praga”, fala o coordenador. Ele conta que esta é uma das razões para não ser decretado estado de emergência fitossanitária em Rondônia.

 

A Agência Idaron pede ao produtor de soja para que utilize as técnicas do Manejo Integrado de Pragas (MIP) para o controle da Helicoverpa armigera e, quando necessário e recomendado por engenheiro agrônomo, aplique produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Se caso o produtor tiver dificuldades para realizar o controle, pode procurar a Idaron”, diz Moreno.

 

Além do levantamento e monitoramento, a Idaron promoveu um curso sobre pragas da soja para fiscais e assistentes de fiscais da Agência e um workshop sobre ameaças fitossanitárias aberto ao público. Mais de 300 pessoas participaram do workshop.

 

Segundo o presidente da Agência, Marcelo Henrique Borges, estes eventos fazem parte do programa de educação sanitária vegetal e tem o objetivo de continuar preparando os fiscais e assistentes de fiscais em relação ao tema e conscientizar os produtores a respeito das ameaças fitossanitárias.

 

Vazio sanitário da soja

Durante o vazio sanitário da soja, entre 15 de junho e 15 de setembro, fica proibido o cultivo de soja e é obrigatória a eliminação de grãos que sobram da colheita para evitar as plantas voluntárias (tiguera). A medida tem o objetivo de diminuir a incidência de pragas da soja para a safra seguinte.

Após o vazio sanitário, os produtores de soja devem se cadastrar na Agência Idaron até 30 de dezembro.Texto: Amabile Casarin

 

Decom - Governo de Rondônia

 

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