A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau/RO) diante da Emergência em Saúde Pública, declarada pela Organização Mundial da Saúde – OMS na data de 30 de janeiro do ano corrente, por doença respiratória causada pelo agente novo coronavírus(COVID-2019), e a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia - AGEVISA/RO definiram a ativação do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Coronavírus (COVID-2019) de Rondônia – CEEC/RO.
O documento remetido no fim de semana para todos as secretarias municipais de saúde dos municípios rondonienses apresenta o Plano de Contingência Estadual para Infecção Humana do Coronavírus (COVID-2019), o qual está em consonância com o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus(COVID-2019) que, em caso de surto, define o nível de resposta e a estrutura de comando correspondente a ser configurada, em cada esfera e nível de complexidade.
Na cartilha, constam informações sobre procedimentos que devem ser tomados pelas autoridades públicas municipais de saúde; os procedimentos que deverão ser tomados pela rede particular de hospitais, clínicas e laboratórios e orientações que deverão chegar à população em geral. Os agentes de saúde serão fundamentais no processo de contenção ao vírus.
É considerado como suspeito a pessoa, que nos últimos 14 dias, tenham viajado ou tenha tido contato com alguém que viajou para locais com transmissão autóctone de acordo com a relação de países emitido pelo MS e OMS e que venha a apresentar febre, acompanhada de algum sintoma respiratório (tosse ou dificuldade para respirar) ou aquela pessoa que tenha tido contato com um caso suspeito ou confirmado e também tenha apresentado esse quadro clínico.
O principal objetivo neste momento é a identificação, notificação e manejo oportuno de casos suspeitos de Infecção Humana pelo vírus SARS-CoV-2019 de modo a mitigar os riscos de transmissão sustentada no território nacional, bem como orientar os serviços de saúde, as fronteiras (portos e aeroportos) e a população em geral para que se evite pânico tendo em vista se tratar de uma pandemia nova no mundo, embora já saibamos a sua etiologia.
A distribuição dos kits de coleta será realizada pelo LACEN. O município deverá solicitar para sua Gerência Regional de Saúde o quantitativo necessário. A GRS irá retirar os kits no LACEN para distribuição. O LACEN-RO é o responsável por processar as amostras para o COVID-2019 e testar para uma gama de vírus de transmissão respiratória, incluindo H1N1, H3N2, vírus sincicial respiratório, rinovírus, dentre outros e enviar a amostra para testagem nos centros de referência nacional.
Os procedimentos que deverão ser realizados por todos os hospitais privados do estado de Rondônia, caso atendam a pacientes com síndrome gripal, sugestiva de Coronavírus (COVID- 2019).
VIGILÂNCIA DOS PONTOS DE ENTRADA
É uma das principais ações a serem desenvolvidas, uma vez que no cenário epidemiológico atual não há circulação evidenciada do novo Coronavírus (COVID-2019) em RONDÔNIA e que a entrada do agente se daria através de viajantes (brasileiros e estrangeiros) com sinais e sintomas compatíveis com o novo Coronavírus (COVID-2019).
Os principais pontos de entrada identificados em Rondônia são: o Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, situado em Porto Velho, aeroportos nas cidades de Vilhena, Ji-Paraná e Cacoal e as fronteiras com a Bolívia, principalmente o Porto de Guajará Mirim e a fronteira com a cidade de Costa Marques e Pimenteiras.
O Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira conta com Plano de Contingência para Evento de Saúde Pública de Interesse Internacional, implementado e atualizado segundo informações colhidas em reunião na INFRAERO.
ACESSO FLUVIAL E TERRESTRE
Caso seja comunicada em um dos Postos da ANVISA em passagem de fronteira terrestre com instalações para controle migratório e aduaneiro (Brasil x Bolívia) a presença de viajante com anormalidade clínica compatível com quadro suspeito de novo Coronavírus (COVIDF-2019), a ANVISA entrará em contato com o CIEVS/RO para que, junto com os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde do Município, avaliem se as informações recebidas sobre o viajante são compatíveis com a definição de caso suspeito. Se o caso for enquadrado como suspeito de novo Coronavírus (COVID-2019), as equipes de saúde local tomarão as condutas frente ao caso de acordo com o fluxo estabelecido.
TRANSMISSÃO E PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Alguns Coronavírus são capazes de infectar humanos e podem ser transmitidos de pessoa a pessoa pelo ar, por meio de tosse ou espirro, pelo toque ou aperto de mão ou pelo contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido então de contato com a boca, nariz ou olhos. Portanto, como a transmissão do Novo Coronavírus é respiratória, através de gotículas em suspensão no ar, ou por contato, qualquer pessoa que esteja próximo (dentro de 1 metro) de uma pessoa que tenha sintomas respiratórios está em risco de ser exposta e se infectar pelo vírus. Geralmente, o período de incubação é de 2 a 14 dias.
Ainda é desconhecido o período de transmissibilidade. Investigações mais detalhadas estão em andamento para determinar se a transmissão do novo Coronavírus pode ocorrer a partir de indivíduos assintomáticos ou durante o período de incubação.
SINAIS E SINTOMAS
Os sintomas incluem febre, tosse e dificuldade respiratória. Porém, algumas pessoas com a infecção poderão não ter sintoma, ou apresentar um quadro semelhante a um resfriado comum, ou ainda, ao contrário, a doença pode se manifestar como caso grave, com pneumonia e insuficiência respiratória. Crianças de baixa idade, pessoas acima de 60 anos e pacientes com condições que comprometem a imunidade podem ter manifestações mais graves.
TRATAMENTO
Tratamento: hidratação e medicação sintomática (febre, dor). Orientar os familiares/cuidadores para o aparecimento de sinais de gravidade: febre alta e/ou persistente, piora dos sinais de desconforto respiratório, batimento de asa de nariz, oligúria, sonolência. Nesse caso, retornarimediatamente à unidade de saúde.
Orientações Gerais: para pacientes e familiares
• O paciente deve permanecer no domicílio, evitando saídas (mercado, igrejas, shopping e
quaisquer outras eventualidades);
• Evitar ou restringir visitas;
• Uso contínuo de máscara cirúrgica, assim como os familiares mais próximos (cuidadores);
• Orientar a troca de máscara sempre que a mesma umedecer;
• Orientar a disponibilidade de lixeira com acionamento por pedal para descarte de máscaras;
• Orientar disponibilidade de sabão líquido, toalhas de papel, lenços descartáveis, álcool gel;
Fonte: www.correiocentral.com.br