Ex-deputado comemora chapa de Rosária Helena; Alex Testoni dificilmente fará presidência da Câmara

Publicação de uma reportagem no feriado do Dia de Natal em site local informando que a professora Rosária Helena (PROS), eleita a vereadora mais votada na eleição do dia 15 de novembro em Ouro Preto do Oeste, registrou chapa para concorrer à presidência da Câmara Municipal com mais três eleitos que preenchem todos os cargos disponíveis na Mesa Diretora, mostra que após a votação a “harmonia” entre os eleitos pela Coligação “Ouro Preto Forte de Novo” pode não ser a mesma mais adiante.

A chapa de Rosária Helena, curiosamente tem três vereadores eleitos pela coligação de Vagno Panisoly, e resta apenas 1 voto para a professora se tornar presidente da Câmara Municipal a partir de 1º de janeiro. Restaram cinco vereadores: Cipó de Rondominas, Eudes Venâncio e Jeferson Silva, todos do MDB, e Henrique “Kinkinha”, único vereador eleito pelo PSDB.      

Na quarta-feira, tão logo foi registrada a chapa de Rosária — com o vereador Robinho de vice-presidente; Alcinei Bueno “Jojô” para 1º Secretário e André Henrique de 2º Secretário — o ex-deputado estadual Amarildo Almeida comemorou a “amarra política” postando uma foto do quarteto em seu aplicativo de WhatsApp, deixando uma hipotética mensagem que ele participou dessa jogada política que, matematicamente, inviabiliza o prefeito eleito Alex Testoni (DEM) de lançar um candidato a presidente da Câmara e obter êxito.

Amarildo Almeida não deu as caras na rua, mas desde quando retornou para Ouro Preto do Oeste articulou o PDT nas convenções, tirou o partido do grupo de Vagno Panisoly e aliou-se ao DEM de Alex Testoni, assim como Rosária Helena do PROS, partido que se uniu à coligação “Ouro Preto Forte de Novo”.

Se a chapa de Rosária Helena, divulgada com “antecipação” pelo ex-deputado recebe apoio do prefeito eleito Alex Testoni tubo bem, não haverá disputa na eleição da presidência, tendo em vista que o vereador Eudes Venâncio (PMDB), único candidato interessado em disputar o cargo máximo da Mesa Diretora, sabiamente vai retirar sua candidatura porque sabe que o prefeito eleito não irá apoiá-lo.

No entanto, só um leigo em política para acreditar que o prefeito eleito Alex Testoni participou dessa articulação que possibilitou a chapa de Rosária que só vai precisar de 1 voto para administrar o Poder Legislativo pelos próximos 2 anos, se não há nenhum vereador eleito por sua coligação além da própria vereadora.

Caso Alex Testoni apresente um candidato, ele não pode contar com os votos dos quatro vereadores que lançaram e registraram a chapa na última quarta-feira. Para conseguir eleger um candidato com seu apoio à presidência da Câmara e os três demais cargos da Mesa, Alex Testoni precisaria contar com o voto dos três vereadores do MDB, mais do vereador Graucimar, eleito pela coligação de Vagno Panisoly.

Os votos de Cipó, de Kinkinha e de Graucimar o prefeito eleito até pode conseguir, mas para obter cinco votos precisaria conquistar os votos de Jeferson e de Eudes Venâncio. Este último voto, praticamente impossível de Testoni conquistar.    

Eudes Venâncio, no momento do jogo, é o voto minerva caso o prefeito eleito não confirme seu apoio à chapa de Rosária Helena comemorada com exaustão pelo ex-deputado Amarildo Almeida, figura política que ficou no anonimato presencial, mas foi um articulador ferrenho da vitória apertada de Alex Testoni e Peragibe Félix.

A chapa registrada por Rosária Helena e os três vereadores eleitos pela coligação adversária será de fato consensual caso o prefeito Alex Testoni divulgue nota confirmando que apoia a nova Mesa Diretora, e afirme que não pretendia lançar candidato à presidência do Poder Legislativo.