Correio Central
Voltar Notícia publicada em 03/05/2020

Vale do Paraíso: Jovem morto na LH 202 por marido enciumado terá velório de 2 horas

Juliano recebeu um disparo no peito que causou 17 perfurações de chumbinho de uma espingarda.

O primeiro assassinato registrado no mês de maio na Comarca de Ouro Preto do Oeste (RO), de natureza passional, ocorreu na madrugada de sábado (02) em uma propriedade rural na Linha 202, no limite do município de Vale do Paraíso no qual foi vítima Juliano Rodrigues Pedroso, de 23 anos.

Juliano foi surpreendido na porteira da propriedade de sua família, segundo ocorrência policial lavrada pela Polícia Militar de Vale do Paraíso - tornado público ontem, em uma publicação -, por José Duarte de Souza, que disparou um único tiro de espingarda municiada com chumbinhos no peito da vítima.

A imagem na reportagem mostra a foto da porteira e a moto estacionada com o corpo caído ao lado, já sem vida. A imagem sugere que a vítima parou a moto e acionou o pezinho, antes de ser atingida mortalmente.

O pai de Juliano foi quem encontrou o corpo e foi até Vale do Paraíso, e acionou a guarnição da PM composta do Sargento PM Prates e soldado PM Barbosa. Ao constatar no sítio que o jovem estava morto, os PMs acionaram a Perícia Criminal e o serviço funerário.   

Juliano foi atingido no peito, havia 17 perfurações em seu corpo, os peritos da Polícia Civil não souberam precisar no momento se se tratava de uma arma calibre 28 ou 32. O corpo da vítima se encontrava na funerária da Associação Vida Nova até às 11 horas desde domingo, 03.

A direção da Associação Vida Nova informou que o velório de Juliano, deve começar às 13h30 na propriedade da família, a 30 Km de Vale do Paraíso, e terá apenas duas horas de duração em razão do Decreto que suprime período de aglomerações por conta da pandemia do novo coronavírus – Covid-19.

PRISÃO PREVENTIVA

Corpo ficou caído ao lado da moto, na porteira da propriedade da vítima

O matador juntou uma quantidade de roupas em uma bolsa e fugiu, primeiro em uma motocicleta, depois a abandonou e entrou em uma caminhonete, segundo relato da mulher dele, transcrito no boletim policial onde ela revela seu marido é o assassino e ainda o denunciou, afirmando que por causa do ciúme de Juliano ele a agrediu com um pedaço de madeira – ou folha de coqueiro.

A razão para o crime teria sido por ciúmes, o homicida teria ficado possesso ao perceber que a vítima flertava sua esposa em uma festa “social” ocorrida na noite do dia 1º de maio até o começo da madrugada de sábado, no sítio de um vizinho. Festas estão proibidas por Decretos por causa da pandemia do coronavírus.  

A reportagem do Correio Central teve acesso ao laudo cadavérico do médico legista Ricardo Dias Illivi Ibãnes atestando que Juliano morreu em decorrência de um choque hemorrágico provocado por disparo de arma de fogo.    

Um dos investigadores da Delegacia Civil de Ouro Preto do Oeste, encarregados de relatar o crime, comentou à reportagem que, por se tratar de um crime com motivação passional, com detalhes revelados pelas testemunhas, e provas deixadas pelo autor da execução (como a moto deixada pra trás), a delegada que responde interinamente pela Unisp deverá pedir a prisão preventiva de José Duarte.

JULIANO SERÁ SEPULTADO NA TARDE DESTE DOMINGO NO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE VALE DO PARAÍSO/RO

 

Fonte: www.correiocentral.com.br

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