Ouro Preto: pedreiro foi amarrado e morto na frente da mulher e 2 filhos, no Park Amazonas

O latrocínio (roubo seguido de morte) registrado no final da manhã deste sábado (30/01) em Ouro Preto do Oeste (RO), no Residencial Park Amazonas, que culminou na morte do pedreiro Alex Avancini de Oliveira, de 38 anos, foi um crime cruel cometido sem piedade e sem necessidade, tendo em vista que a vítima foi amarrada e passou mal, razão pela qual provavelmente os assaltantes decidiram matá-lo.

O corpo do construtor Alex Avancini foi velado entre 8h e 9h da manhã deste domingo na Igreja Assembleia de Deus, do Bairro Alvorada. Em seguida, o corpo foi transladado para o município de Ministro Andreazza, na região de Cacoal, onde residem familiares que farão velório de 1 hora e o sepultamento.

Alex Avancini estava na varanda de casa lavando o carro quando foi surpreendido pelo trio de criminosos que entrou falando muito e impondo medo à família.

A reportagem do site Correio Central apurou que na casa onde houve o latrocínio os criminosos identificados por Dimo da Silva Raimundo, de 22 anos, Vitor torrente de Souza, de 20 anos, e o adolescente V.C.S., de 14 anos, já tinham recolhido celulares, joias e outros pertences e decidido levar a caminhonete S10 e uma motocicleta Yamaha, modelo YBR, da vítima.

No entanto, como o pedreiro depois de ser amarrado passou mal, os ladrões provavelmente para evitar barulho o desamarraram. Porém, sem explicação, um dos bandidos pediu que o menor e o comparsa segurassem Alex. Com a arma na mão ele olhou para a esposa da vítima, de 30 anos, a filha adolescente de 12 anos e um menino com 3 anos e ordenou que eles se virassem, e disparou a arma caseira calibre 20 no peito da vítima, atingindo-a na mão e o tórax.

Os marginais ainda sufocaram a boca de Alex Avancini para abafar seus gritos e gemidos na frente da família dele. Em seguida, fugiram levando 03 celulares, joias, bolsas, pertences e os dois veículos. A mulher de Alex, em estado de choque, foi levada pelo Corpo de Bombeiros para ser medicada.    

PM VIZINHO À FAMÍLIA FOI O PRIMEIRO A CHEGAR NA CASA

Vitor torrente de Souza, de 20 anos, Dimo da Silva Raimundo, 22 anos, e o adolescente V.C.S., de 14 anos, cometeram o crime

Um policial militar, que se mudou para o Park Amazonas há um mês no imóvel vizinho ao da família vítima do assalto, por pouco não rende o trio que ao fugir deixou para trás a mochila com cartuchos intactos da arma utilizada para matar Alex Avancini. Eles não tinham munição.  

De sua casa, o policial militar Luan Paganini ouviu o disparo e gritos vindos de dentro da casa do vizinho, e como estava indo tomar banho se recompôs, pegou a pistola, saiu na rua sem saber o que ocorria e avistou a caminhonete Chevrolet S10 saindo da residência sentido a Jaru. “Não dá pra atirar sem saber quem está no carro. Eu então entrei na casa, tentei reanimar a vítima, acionei os bombeiros e comecei a avisar colegas policiais de Jaru e Ouro Preto”, detalhou o PM que reside em Ouro Preto do Oeste e é lotado no 8º Batalhão em Jaru.    

    A reportagem teve acesso a uma declaração de dos bandidos que é maior de idade na hora que foi preso em que ele teria dito: “A gente foi fazer o roubo lá, mas ele veio pra cima de mim e a arma disparou”. Essa mentira do criminoso será facilmente desmascarada com o depoimento que a esposa da vítima irá prestar à Polícia Civil.   

O indivíduo de bigode é quem teria atirado na vítima, e deu essa declaração após ser preso com seus comparsas no cerco policial montado pela Polícia Militar de Jaru, atitude típica de bandido que quando utiliza menor de idade tenta confundir a polícia para não assumir crime hediondo.

Para prender o trio dentro de Jaru, no centro comercial da cidade, os policiais militares efetuaram disparos de pistola precisos e certeiros nos pneus traseiros da caminhoneta, obrigando o trio de assaltantes que mataram um pai de família por pura crueldade a parar o veículo. Os assaltantes não reagiram a abordagem e se renderam deitando-se no chão.

Uma equipe do Núcleo de Inteligência da 3ª Cia de Ouro Preto do Oeste e um investigador da policial civil se deslocaram para Jaru, mas o trio já havia sido rendido e preso.    

A reportagem do site Correio Central acompanha o desenrolar dos fatos, e na manhã de segunda-feira estará publicando mais duas reportagens sobre esse crime que chocou a população de Ouro Preto do Oeste devido a forma que o construtor foi assassinado dentro de sua residência e perante a sua família.

CORPO DE BOMBEIROS CHEGOU AO LOCAL E CONSTATOU QUE O CONSTRUTOR ALEX AVANCINI JÁ ESTAVA MORTO. A ESPOSA E FILHOS DA VÍTIMA ESTAVAM EM CHOQUE