Ouro Preto: moça que caiu na fossa morreu por afogamento, aponta laudo do Legista

A morte de Débora Dias, de 30 anos, que caiu em uma fossa manhã do último domingo, localizada ao lado de um hotel na Rua José Lenk, ocorreu por afogamento segundo laudo do médico legista que fez a autopsia no cadáver que apresentava uma grande quantidade de água no pulmão e espuma saindo pela boca.

A reportagem do Correio Central teve acesso ao vídeo (veja abaixo) de uma das câmeras da Academia Oficina do Corpo que mostra a hora que Débora cruzou a rua José Lenk para a outra margem, e seguiu até desaparecer.

Débora passou pela calçada às 7:59:30, e em 30 segundos desapareceu, seu corpo foi localizado por volta de 10h30min. Ela sempre fazia o trajeto da casa da avó para a casa de sua mãe, porém no último domingo seguiu no sentido inverso, sentido à Avenida Duque de Caxias.

As imagens supõem que Débora avistou duas carretas estacionadas na rua sentido à Duque de Caxias, e ela decidiu atravessar para o outro lado, passou na calçada do Comercial Costa e seguiu direto rumo à fossa.

Não é possível ver pelas imagens o momento exato que ela pisa nas vigas protegidas com isopores e cai dentro da fossa.

VEJA O VÍDEO DO MOMENTO QUE DÉBORA CRUZA A RUA E SEGUE NA CALÇADA ATÉ A FOSSA

O velório da moça ocorreu no templo da Igreja Assembleia de Deus do Jardim Novo Horizonte, um ônibus da escola Pestalozzi levou o grupo de colegas de escola de Débora na igreja na manhã de segunda-feira, momentos antes de sair o cortejo para o enterro.

Segundo professoras, os alunos estavam muito tristes, ainda mais pelo fato de Débora ser o terceiro aluno a falecer em pouco mais de 1 mês na cidade.  

Diferente do que foi publicado na reportagem de domingo por este informativo, Débora não tinha síndrome de donw, ela era portadora de deficiência múltipla e tinha deficiências simultâneas intelectuais, neurológicas, emocionais, de linguagem e desenvolvimento educacional, social e emocional.

De acordo com o Registro de Atividades dos Bombeiros (RAB) que fez o resgate da vítima de dentro da fossa, o corpo de Débora Dias foi avistado em decúbito ventral boiando dentro da fossa, e diante a situação, foram utilizados dois cabos de nylon, sendo o primeiro amarrado na região do quadril e o segundo amarramos em seus pés, em seguida foi realizado o içamento do corpo.

O Corpo de Bombeiros chegou ao local às 12h22min, e toda operação foi comandada pelo capitão BM Moacyr de Paula. No local, além da Policia Militar estava também a perícia técnico-científica da Policia Civil realizando o trabalho de praxe.