OPO: Idosa foi morta com 3 tiros na cabeça; vaqueiro foi levado para o Heuro

A polícia investiga a execução brutal da produtora rural Ana Almeida, de 74 anos, assassinada no começo da noite desta segunda-feira (25) na zona rural de Ouro Preto do Oeste, em sua propriedade localizada na Linha 80, a estrada de acesso ao Parque Recreativo Tocari, por um pistoleiro que ocupava uma motocicleta vermelha.

A perícia criminal e o médico legista atestaram que Ana Almeida levou quatro tiros a queima roupa na região da cabeça, do lado esquerdo. Ela foi morta no terreiro de casa.   

O vaqueiro de dona Ana de nome Raimundo, de 50 anos, que estava próximo do local em uma pocilga alimentando porcos levou três tiros a queima roupa. O pistoleiro primeiro teria atirado no vaqueiro, depois se dirigiu até onde a idosa se encontrava e a executou friamente.  

O vaqueiro foi trazido para o Pronto Socorro do Hospital Municipal Dra. Laura Maria Carvalho Braga onde chegou com uma perfuração na boca e outra bala que ficou alojada no corpo. Dona Ana morreu no local.

A Secretaria Municipal de Saúde (SEMSAU) informou que o vaqueiro foi encaminhado para o Heuro em Cacoal esta madrugada para passar por exame de tomografia e por especialista em cirurgia e traumatologia Buco-Máxilo-Faciais. Devido o tiro na boca, o vaqueiro estava vomitando sangue, mas estava consciente e fora de risco.

O corpo de Ana Almeida se encontra na Pax Passbom Funerária na Avenida Duque de Caxias. O sepultamento ocorrerá hoje, no entanto a família ainda não divulgou o horário do velório que só terá duas horas de duração devido ao decreto da pandemia da Covid-19.

O delegado Niki Alves Locatelli, titular da Delegacia Civil em Ouro Preto do Oeste, designou uma equipe de investigadores para apurar o crime. Os celulares das duas vítimas foram recolhidos pela polícia para serem periciados.

Pelo que os peritos apuraram, a dinâmica da cena do crime mostra que o vaqueiro foi o primeiro a ser alvejado, depois o assassino foi até onde a idosa estava e a matou. O trabalho da investigação é determinar se o alvo do pistoleiro era o vaqueiro ou a produtora rural.

Entretanto, outro fato pontual é que o vaqueiro se levantou e foi até a sua residência pedir ajuda, e se ele fosse o alvo principal provavelmente não teria conseguido sobreviver.

O assassinato de Ana Almeida causou um susto na população local, sobretudo pela forma que ela foi morta.

Muitas pessoas expressaram sentimentos pela morte da produtora rural, inclusive um empresário do meio do agronegócio comentou a respeito da honestidade da vítima.

“Muito honesta, uma guerreira humilde demais e muito direita com seus negócios”, disse o comerciante, que pediu sigilo do seu nome.

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