Correio Central
Voltar Notícia publicada em 08/07/2020

Mãos amarradas para trás e enforcamento: crueldade marcou assassinato de idosos no Cone Sul

A dentista Dionelia Giacometti Mai teve dois dedos (polegar e indicador) de cada mão amputados.

Um detalhe que chamou a atenção, no momento em que os corpos dos dois idosos assassinados em Colorado do Oeste no domingo, 05, eram submetidos à necropsia, em Vilhena, revelou o nível de crueldade de seus assassinos: a dentista Dionelia Giacometti Mai teve dois dedos (polegar e indicador) de cada mão amputados.

Embora a polícia ainda não tenha informações para fazer nenhuma afirmação, tudo indica que a amputação não tenha sido para que os membros fossem usados como “prova de vida”, comum em seqüestros. A principal suspeita é de que os dedos arrancados com violência tenham sido usados para tentar sacar dinheiro em caixa eletrônica usando as digitais da mulher assassinada. Também não há informação se a suposta retirada foi feita em algum banco.

Segundo apurado, após decepar os dedos da dentista (o que não se sabe se foi feito com ela ainda viva), os assassinos tentaram conter o sangramento com um torniquete feito com arame. A causa da morte dela teria sido enforcamento, com um uso de uma corda fina de náilon.

Já Eldon, que assim como a esposa foi sepultado pelos assassinos, apresentava uma lesão na cabeça, provavelmente provocada por alguma ferramenta, tinha as mãos amarradas nas costas por uma fita isolante e estava amordaçado. Os corpos estavam em estado de putrefação, indicando que o duplo assassinato teria sido cometido ainda no domingo, logo após as vítimas terem sido dominadas por seus inquilinos.

A polícia está interrogando os assassinos e, amanhã, em entrevista coletiva, divulgará o conteúdo do que eles disseram.

Em entrevista, um veterano policial que atuou na busca pelos corpos disse: “em mais de 20 anos na profissão, nunca vi tamanha crueldade”.

Segundo a apuração, o corpo da mulher foi encontrado numa região de localização indefinida.

Já o corpo da segunda vítima, conforme confessado por um dos assassinos, teria sido jogado numa área a cerca de 40 quilômetros adiante, nos limites de Corumbiara.

A polícia, que está seguindo as pistas dadas pelos próprios homicidas, não tem dúvidas de que o caso configura latrocínio (roubo seguido de morte), e tenta localizar o cadáver da segunda vítima.

Fonte: FOLHA DO SUL

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