Correio Central
Voltar Notícia publicada em 05/11/2020

Mais de 30 estelionatos em Ouro Preto do Oeste somam quase meio milhão de reais em prejuízos

O intuito da Polícia Civil é orientar a população para que não caiam em golpes, pois a identificação e recuperação do dinheiro é muito difícil”.

A Polícia Civil, através da delegacia de Ouro Preto do Oeste/RO, registrou mais de trinta casos de estelionatos somente no mês de outubro de 2020, cujos prejuízos se aproximam de quinhentos mil reais, conforme detalha o delegado Niki Alves Locatelli.

“Crimes de estelionato tem sido cada vez mais comum e se materializam das mais variadas formas. O intuito da Polícia Civil é orientar a população para que não caiam em golpes, pois a identificação e recuperação do dinheiro é muito difícil”.

Os investigadores detalharam à reportagem os golpes mais comuns:

  1. Perfil falso de WhastApp: O criminoso adquiri um número de telefone aleatório, mas utiliza a foto de terceiro para aplicar golpes em parentes ou pessoas próximas. Sempre há uma suposta urgência na transferência.
  2. Subtração/sequestro da conta de WhastApp:   O criminoso liga para vítima se passando por alguma empresa e afirma que irá encaminhar via SMS um código de segurança, que na verdade é próprio código de segurança do WhastApp. Quando a vítima informa esse código ao criminoso, tem seu WhastApp “sequestrado” e o aplicativo fica inativo. O criminoso passa então a solicitar dinheiro para outras pessoas.
  3. “Sextosão”:  O criminoso inicia conversa com a vítima através de rede social, manda nudes e solicita nudes. Após a vítima enviar nudes, passa a extorqui-lá, ameaçando divulgar as fotos para familiares ou entrega-las à polícia, alegando que é “menor de idade” e a vítima será acusada de pedofilia.
  4. Compra e venda de veículo: O criminoso seduz o vendedor, oferecendo pagar o preço exato ou maior pelo bem. Após “amarrar” a compra, replica o anúncio vendendo o mesmo bem por um preço abaixo de mercado, até que alguém morda a isca. Cegos pelo manto da ambição, o comprador acaba efetuando pagamento para o criminoso intermediador, ficam o comprado e vendedor a “ver navios”. O mesmo tem ocorrido em compra e venda de gado e outros bens.
  5. Falso leilão e falso seguro: Os criminosos criam sites de leilão ou de seguradoras, prometendo vender o bem por preço abaixo do de mercado. Falsificam notas fiscais, comprovantes de depósitos, bem como criam perfis falsos de WhatsApp, a fim de convencer a vítima e efetuar o pagamento.

 

Os investigadores da Polícia Civil afirmam que os golpes são muito bem feitos, pois eles falsificam TED’s, comprovantes, notais fiscais, etc. “Os criminosos agem com muita naturalidade e cara de pau. Dificilmente demonstram estarem ansiosos ou apressados em receber o dinheiro, diminuindo a desconfiança da vítima.

O delegado finaliza orientando a população a sempre ligar ou se encontrar pessoalmente com a pessoa que solicita dinheiro e a somente efetuar o pagamento para a pessoa cujo o bem está no nome. “Se o veículo está no nome de Beltrano, deve ser pago ao Beltrano e não para Cicrano, salvo formalização de contrato de compra e venda. Se o gado está no nome da esposa, deve ser pago para a esposa e não para o marido, pois você não sabe se estão se separando, por exemplo. Na dúvida, procure ajuda de profissionais capacitados como advogados, pois mais vale prevenir com uma consulta do que remediar com um processo”.

 

 

 

 

 

Fonte: www.correiocentral.com.br

Leia Também