Correio Central
Voltar Notícia publicada em 16/04/2021

Mototaxista Agnaldo Ferreira morre após permanecer 14 dias em UTI com covid-19

Popularmente chamado de

Foi confirmado no final da tarde desta sexta-feira (16/04) o falecimento do mototaxista Agnaldo Ferreira de Oliveira, popularmente conhecido por “Quiabo”, 48 anos, em Porto Velho, em Unidade de Tratamento Intensiva do Hospital de Campanha (Hcamp).

O corpo de Agnaldo quiabo será transladado para Ouro Preto do Oeste e vai ser sepultado na manhã de sábado, a partir das 8 horas. Familiares e amigos seguirão o cortejo até o cemitério Campo Santo.

Com a morte de Agnaldo, a Estância Turística Ouro Preto do Oeste chega a 100 óbitos de pacientes que contraíram o novo coronavírus. 33 óbitos em 2020 e 67 óbitos do dia 1º de janeiro até 16 de abril.

A prefeitura publicou Decreto no último domingo com validade de 8 dias determinando o fechamento do comércio entre 18hs às 6hs. No entanto, esta semana, segundo o boletim diário do governo do estado (Sesau/RO-Agevisa) foram confirmados 211 novos casos de pacientes doentes com covid-19 – 86 casos segunda; 32 casos na terça; 16 casos na quarta; 33 na quinta e nesta sexta-feira (16/04) foram mais 44 pacientes positivados.   

Agnaldo começou a sentir os sintomas do vírus no dia 28 de março, dois dias após a morte do colega de trabalho, o mototaxista Ilson Belmiro, do mesmo ponto, que permaneceu internado no Hospital Municipal Dra. Laura Maria Carvalho Braga desde o dia 17 de março, à espera de uma vaga de UTI que não veio, e ele faleceu na madrugada da sexta-feira, 26 de março.

Agnaldo Quiabo nasceu e foi criado em Ouro Preto do Oeste; ele se estabilizou como mototaxista na primeira metade dos anos 90 no ponto da Praça dos Três Coqueiros, localizado na via marginal da BR-364 – Avenida. Foram cerca de 25 anos circulando pela cidade, rodovias estaduais, vias rurais e pela BR-364.

O mototaxista falecido trabalhava muito, ele tinha uma clientela e passava dias e madrugadas fazendo o transporte individual de passageiros dentro e fora da cidade. Ele era um “parceiro” de madrugadas do editor do Correio Central desde o período do jornal impresso, como ele mesmo disse no último áudio enviado no dia 28 de março, uma sexta-feira, quando ele começou tossir a sentir sintomas mais fortes do vírus. 

“Eu ‘tô’ em casa Edmilson, com essa tosse danada. Segunda-feira vou fazer exame cedo, mas já estou sendo medicado em casa. Fui lá na sala de covid do hospital municipal e segunda-feira vou fazer esse ‘trem’ (exame) cedo. Mas, obrigado Edmilson, Deus abençoe aí meu amigo”, disse no último áudio, respondendo com gentileza e gratidão à preocupação demonstrada com o seu quadro de saúde.

Agnaldo Ferreira deixa a esposa Gedalva, e a filha Daiane de 25 anos. Familiares do popular Quiabo, neste momento de profunda dor, agradecem imensamente pelas manifestações de condolências pelo falecimento do mototaxista.   

A vida não é apenas feita de momentos bons e alegres, mas também de dificuldades e dor, mas são nesses momentos difíceis que devemos aprender lições valiosas, assim como mostrar nossa força e nossa fé.

 

 

 

 

Fonte: www.correiocentral.com.br

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