Correio Central
Voltar Notícia publicada em 08/03/2021

Covid-19 mata servidor do DER de Ouro Preto do Oeste 22 dias após a esposa falecer da doença

Casal de funcionários públicos faleceu com 22 dias de diferença pelo vírus maldito que está destruindo famílias e causando dor e sofrimento.

O servidor público Ilson Miguel de Oliveira, lotado na Residência do DER em Ouro Preto do Oeste, faleceu na tarde desta segunda-feira (08/03) aos 66 anos em um dos hospitais públicos de Cacoal para onde são regulados pacientes em estado grave onde estava internado com coronavírus.  

Há 22 dias, a esposa de Ilson, Maria Aparecida Lima Oliveira, morreu de Covid-19 aos 63 anos de idade, as três filhas do casal e parentes, ainda enlutados, tiveram o sofrimento ampliado em razão de o pai ter contraído a doença e entrado em estado crítico.

Dona Maria era funcionária da prefeitura do município de Vale do Paraíso, durante 12 anos trabalhou com cedência para 7ª Ciretran de Ouro Preto do Oeste, e era uma pessoa muito querida em seu meio de convivência.

“O Ilson era nosso “pé de boi” no DER, não falava não pra ninguém, ele topava qualquer serviço que tinha que ser feito no pátio da residência do DER”, lamentou Onésimo Berg, colega de trabalho na residência em Ouro Preto do Oeste.   

O corpo de Ilson será transladado para Ouro Preto do Oeste na madrugada de terça-feira, e a previsão de chegada é para as 7 horas, e pelo Decreto em vigor por causa da pandemia não haverá velório, apenas a homenagem sem risco de contaminação que se tornou a maneira de se despedir pela última vez de pacientes mortos pelo coronavírus.

O veículo funerário vai entrar na cidade pela Avenida Jorge Teixeira e na altura do cruzamento com a Rua Getúlio Vargas familiares e servidores do DER acompanharão em cortejo até o cemitério para o sepultamento de Ilson Miguel.

O coronavírus está destruindo famílias e causando mortes de maneira apavorante. Ainda assim, independente da falta de ação dos políticos eleitos para solucionar problemas da coletividade, ainda há muitas pessoas pagando pela “ignorância”, teimosia, e certo ceticismo com relação a mortalidade do vírus.

“A pessoa só cai em si e passa a respeitar quando morre um de sua família, infelizmente”, lamentou uma das enfermeiras plantonista da Sala de Covid-19 do Hospital Municipal Dra. Laura Maria Carvalho Braga.    

Ilson e Maria conceberam quatro filhos: três mulheres e um homem. O rapaz faleceu há alguns anos de leucemia e quando dona Maria faleceu no dia 15 de fevereiro uma de suas filhas que já tinha sofrido com a morte do irmão postou uma foto d família com a frase: Éramos seis”. Agora, além do irmão, da mãe elas perderam o pai... - Foto - Arquivo de família

Fonte: www.correiocentral.com.br

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