Um vídeo que circula no WhatsApp mostra momentos da prisão de Geneci Martins Alves dos Santos, 37 anos, efetuada pelo delegado Niki Alves Locatelli que estava sozinho quando avistou o suspeito em uma motoneta similar a uma roubada em Mirante da Serra, e decidiu abordá-lo.
Na gravação, o delegado dialoga apenas com o adolescente que já é conhecido da polícia. Geneci (de bermuda laranja) se mantém calado e com as mãos encostadas em uma coluna de um muro, armado. Como está sozinho, o delegado pede ajuda a uma pessoa para retirar uma carteira de cigarro do bolso do menor.
As cenas filmadas circulam com um áudio, e quem reenviou pelo WhatsApp comenta que, quando ele viu a reportagem no site, noticiando que o delegado tinha “segurado” os caras sozinho pensou que o jornalista que escreveu a matéria estava fazendo uma média com o delegado e que o texto era meio fake News. “Agora o vídeo aí comprovou tudo. Esse vídeo vale uma grana boa”, brincou.
Somente quando se aproximou de Geneci e levantou sua camisa, o delegado visualizou o revólver calibre 38 municiado com seis balas, e pediu que alguém ligasse para a Polícia Militar.
VEJA IMAGENS DOS MOMENTOS TENSOS DA ABORDAGEM NA RUA
Seis vítimas dos sete crimes atribuídos a Geneci Martins confirmaram ser ele o autor. Geneci foi reconhecido por testemunhas pelo crime de estupro, latrocínio tentado, e quatro roubos.
Apenas no caso do latrocínio praticado contra Ademir Ferreira, o “Miro” na segunda-feira a noite, que morreu com um tiro disparado de perto quando trafegava de moto na Linha 04, não tem testemunhas.
Entretanto, o que vai ligar Geneci a esse crime de latrocínio consumado é justamente o modus operandi de como ele vinha atuando na região, de cometer dois crimes na mesma linha rural, a fuga para o município de Mirante da Serra na segunda-feira, e o retorno a Ouro Preto do Oeste com uma moto roubada.
O foragido da justiça, o criminoso responde por furto, roubo, homicídio, tem um processo por tráfico em Porto Velho de 2015, e era foragido da unidade prisional de Rolim de Moura.
No caso do menor, ele alegou que estava de carona com Geneci, que não tinha conhecimento da arma e teve de ser liberado, tendo em vista que a legislação menorista só prevê detenção em caso de com violência ou grave ameaça, a polícia teve que liberá-lo.
Fonte: www.correiocentral.com.br