Correio Central
Voltar Notícia publicada em 08/05/2021

FBI prende 8 brasileiros ligados às fraudes no Uber E Lift em Massachusetts; veja a lista

Documentos eram furtados de americanos e criavam contas que eram alugadas para motoristas que não têm documentos nos EUA.

A expressão em português é “a casa caiu” e deu cadeia! O escritório do procurador federal interino em Massachusetts, Nathaniel R. Mendell, anunciou que prendeu 10 de 19 pessoas acusadas de fazer esquema para fraudar os aplicativos de transporte Uber, Lyft e Instacart, entre outros.

O esquema funcionava assim: os números de documentos de americanos eram furtados — Seguro Social e carteira de motorista. Eles então usavam essas identidades para abrir contas nos aplicativos. Essas contas eram alugadas para motoristas que, por não terem documentos nos EUA, não se qualificariam para ter as contas. A maioria dos que alugava essas contas fraudulentas eram imigrantes recém chegados nos EUA.

Os agentes federais estão investigando o esquema desde janeiro de 2019. E acreditam que funcionou até abriu de 2021. Mais de 2.000 americanos tiveram suas identidades usadas.

Nesta sexta-feira, agentes do FBI prenderam 10 de 19 pessoas procuradas em todo o país, 8 delas são brasileiros que moram em Massachusetts.

E os brasileiros que foram presos são:

* Wemerson Dutra Aguiar, de 25 anos, que já morou em Lynn e Woburn;

* Priscila Barbosa, 35, brasileira residente de Saugus;

* Edvaldo Rocha Cabral, 41, morador de Lowell;

* Guilherme Da Silveira, 28, morador de Revere;

* Flavio Candido Da Silva, 35, morador de Revere;

* Bruno Proencio Abreu, 28, morador de Saugus;

* Jordano Augusto Lima Guimaraes, 34, morador de Salem;

* Alessandro Felix Da Fonseca, 25, morador de Revere.

O esquema foi descoberto quando o IRS começou a enviar o pedido de pagamento de impostos aos americanos cujas identidades foram furtadas. As vítimas nem sabiam que seus nomes estavam sendo usados nos aplicativos e, por isso, reclamaram de ter que pagar imposto por renda que não receberam.

No indiciamento de cada um dos 10 presos, incluindo os 8 brasileiros, a acusação é de conspirar pra fraudar, roubo de identidade e fraude contra uma empresa privada. Além disso, os fraudadores usavam programas de computador para aumentar as chances de ganhar dinheiro nos aplicativos.

Cada um dos envolvidos no esquema pode pegar até 20 anos de cadeia.

O suposto esquema também envolveu a utilização das contas fraudulentas para explorar os programas de bónus de referência da empresa, e utilizar ′′ bots ′′ automatizados e tecnologia de spoofing GPS para aumentar os rendimentos obtidos com as contas fraudulenta dos condutores. O governo estima que mais de 2,000 identidades de vítimas foram roubadas e usadas como parte do esquema.

 

 

Fonte: Das agências internacionais

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