Correio Central
Voltar Notícia publicada em 04/08/2019

Friagem no Acre e em Rondônia e quase 40°C no Tocantins

Neste domingo, 4 de agosto, o ar frio de origem polar ainda influencia o Acre, Rondônia e o sul do Amazonas mantendo a temperatura abaixo do normal.

Enquanto o centro-sul do Brasil gela, áreas no centro-norte país esquentam cada vez mais. O Tocantins e leste do Pará têm sido as regiões mais quentes do país nos últimos dias de julho e no começo de agosto, com calor batendo até recorde. Mas o ar polar voltou a entrar no sul da Região Norte e alivia a quentura nos estados do Acre, de Rondônia e o sul do Amazonas.

Recorde de calor em Palmas

Pelo terceiro dia consecutivo, Palmas, capital do Tocantins, bateu o recorde de calor para 2019. Na tarde do sábado, 3 de agosto, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrou 39,3°C. Esta temperatura foi medida às 15 horas, mas poderá aumentar um pouco na nova leitura que o INMET fará às 21 horas. O recorde anterior de maior temperatura em Palmas neste ano era de 38,8°C no dia 2 de agosto. No dia 1 de agosto, a temperatura chegou aos 38,1°C. Todos este valores foram medidos às 15 horas. As temperaturas máximas de 21 horas dos dias 1 e 2 de agosto não estavam disponíveis no site do INMET.

Friagem 

ar frio da grande massa de ar de origem polar que chegou ao Brasil no primeiro fim de semana de agosto chegou ao Acre, a Rondônia e ao sul do Amazonas causando mais uma friagem. Segundo o INMET, a temperatura em Vilhena (RO) baixou para 12,8°C e em Epitaciolândia (AC) para 14,8°C. Em Rio Branco, capital do Acre, a temperatura mínima foi de 15,4°C, mas não bateu novo recorde.

Neste domingo, 4 de agosto, o ar frio de origem polar ainda influencia o Acre, Rondônia e o sul do Amazonas mantendo a temperatura abaixo do normal. A sensação é de um pouco de frio na madrugada e começo da manhã e à tarde o calor ainda não será tão intenso. 

As madrugadas de segunda-feira, 5, e de terça-feira, 6 de agosto, ainda serão frias nestas áreas e até com chance de recorde de menor temperatura em Rio Branco e em Porto Velho, mas as tardes voltam a ser muito quentes, com temperatura acima dos 30°C.

A passagem do ar polar deixa a umidade do ar muito baixa nos próximos dias no Acre e em Rondônia. O nível de umidade no ar deve baixar para marcas em torno dos 30% .

Ar polar chega ao Tocantins e ao Pará?

Sim!  O ar frio de origem polar pode chegar ao Tocantins, ao Pará e até mesmo a Roraima, estado brasileiro que fica no Hemisfério Norte, acima da linha do equador terrestre

Muitas massas de ar frio que se deslocam pelo interior da América do Sul têm força para chegar a Rondônia, ao Acre e ao sul do Amazonas. Algumas poucas conseguem levar o vento frio até o sul do Pará e ao Tocantins, mas quase sempre chegam bastante enfraquecidas. A medida que o ar frio avança em direção ao Norte, vai se misturando naturalmente com o ar quente. Assim, o resfriamento que ocorre nestes estados é suave, muito menos intenso do que o que se observa em estados como o Mato Grosso do Sul, São Paulo e no Sul do Brasil. 

Porém, em condições muito especiais, a circulação dos ventos em diversos níveis da atmosfera pode fazer com que o ar frio de origem polar ultrapasse até a linha do equador terrestre, isto é, saia da Antártica e passe para o Hemisfério Norte!

Esta situação rara ocorreu no inverno de 1994, quando o ar polar de duas ondas de frio muito intensas atingiram o estado de Roraima. Na primeira onda de frio, a temperatura em Boa Vista, capital de Roraima, que está localizada na latitude 2,8°N, registrou 7,6°C no dia 26 de junho de 1994

Estas ondas de frio do inverno de 1994 estão entre as mais intensas e raras já observadas na América do Sul e foram muito estudadas pelos meteorologistas. O frio extremo e raro do inverno de 1994 provocou geada até em regiões tropicais e prejuízos severos nas plantações de café da Região Sul e da Região Sudeste.

Fonte: Terra

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