Dengue que circula em Ouro Preto é perigosa; doença matou bebê de 11 meses

O resultado da investigação sobre a causa da morte de um bebê de 11 meses e 7 dias, que faleceu em Ouro Preto do Oeste há sete semanas confirmou que ele havia contraído dengue. Tayllor Gabriel, que morava no conjunto habitacional Ouro Preto, morreu repentinamente no dia 30 de dezembro, antevéspera de Ano Novo, após apresentar um quadro febril e de infecção pulmonar.

O resultado do exame enviado pela coordenação de vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSAU), ao Laboratório Central (LACEN) de Porto Velho, constatou que o bebê estava acometido de dengue. Da coleta feita na criança após o óbito, foram realizados no LACEN os exames de dengue, de arbovirose (tipos de infecções humanas), leptospirose e de doenças exantemáticas (sarampo e rubéola).       

Quando ficou muito doente, o bebê foi levado ao pronto socorro do Hospital Municipal Laura Maria Carvalho Braga. O médico que o atendeu prescreveu na receita que fosse feito a inalação, aplicado remédio antialérgico, disse aos pais que suspeitava que a criança estivesse com dengue, e encaminhou a criança para Ji-Paraná. Como o quadro clínico de Taillor Gabriel piorou os pais, o forneiro de cerâmica Roberval de Souza Ferraz e Leidiane do Nascimento Perez seguiram as pressas para o Hospital Mater Dey, mas a criança já chegou sem vida. “Quando saímos do hospital o neném começou a ficar roxo, levamos ao Mater Dey e ele já chegou morto”, conta a mãe. 

Ao fornecer a foto da criança em vida para publicação o jovem casal, de 21 e 19 anos, disse que espera que com a divulgação do desfecho triste e a causa que ceifou a vida de Tayllor Gabriel sensibilize a população de Ouro Preto a encarar com responsabilidade a tarefa de se prevenir contra um possível surto de dengue na cidade, tomando as iniciativas que as autoridades de saúde estão orientando todos os dias.

QUATRO MORTES EM 2015

Com a morte de Tayllor, somente no ano de 2015 em Ouro Preto do Oeste foram registrados quatro óbitos de pessoas relacionados a dengue. As outras três mortes foram de complicações da doença em pessoas com idade avançada, acima de 70 anos. Dois casos foram registrados no Bairro Jardim Aeroporto e outra morte por dengue foi de um paciente que morava ao lado do Hospital Municipal Laura Maria Carvalho Braga.

A primeira vítima que morreu de dengue ano passado foi a aposentada Maria Marques de Freitas, de 74 anos, no final de março, Ela foi encaminhada para o Centro de Medicina Tropical (Cemetron) em Porto Velho, e permaneceu 15 dias numa sala de UTI, vindo a falecer.

Fonte: Rondoniagora/Correiocentral - Edmilson Rodrigues