Correio Central
Voltar Notícia publicada em 17/12/2016

Prefeitos diplomados em Ouro Preto têm pela frente os desafios da crise e da destinação de resíduos sólidos

Prefeitos vão criar um bloco para defender demandas coletivas como a da falta de aterro sanitário e para audiências com a Justiça, a fim de atuarem em parceria

Adotar gestão eficiente para elevar a arrecadação e controlar as finanças, e buscar solução conjunta para sanar a questão da falta de aterro sanitário para comportar o lixo produzido diariamente, e a falta de saneamento básico nos cinco municípios da região de Ouro Preto do Oeste, são os desafios emergentes a serem vencidos pelos prefeitos eleitos e diplomados na tarde da última sexta-feira (16) no Teatro Municipal.

A diplomação dos prefeitos eleitos por Ouro Preto Vagno Gonçalves de Barros, o “Panisoly” (PSDC), de Mirante da Serra Adinaldo de Andrade (PMDB), o agrônomo Luiz Gomes Furtado (PMDB), de Nova União, Antônio Zotesso (PT) de Teixeirópolis, Charles Luiz Pinheiro Gomes (PSDB) de Vale do Paraíso, e os 45 vereadores eleitos foram diplomados em cerimônia coordenada pelos juízes eleitorais Glauco Antônio Alves, titular da 13ª Zona Eleitoral, Haruo Mizusaki, da 28ª Zona Eleitoral. José Antonio Barretto e o promotor eleitoral Evandro Araújo Oliveira.

Dos cinco prefeitos diplomados, apenas Vagno Panisoly é estreante na política. Charles, Luiz Gomes e Antonio Zotesso administraram duas vezes seus municípios, e Adinaldo de Andrade governou Mirante da Serra quando ainda era distrito de Ouro Preto e foi o primeiro prefeito eleito do município.

Ao discursar, o juiz Glauco Antônio Alves lembrou que durante um ano a Justiça Eleitoral trabalhou as eleições averiguando desde o domicílio eleitoral do candidato aos seus requisitos eleitorais, mas não o mérito e a capacidade de cada um. O magistrado deixou uma mensagem direta para os políticos eleitos: “Nós estamos vivendo um momento na sociedade de crise econômica, de valores, e devemos nos curvar e erguer diante disso, buscar fazer da melhor maneira possível o mandato”.

Luiz Gomes Furtado, o mais experiente do grupo que já presidiu a Associação Rondoniense de Municípios (Arom) e a EMATER/RO conversou com os demais prefeitos e propôs que seja formado um bloco para trabalhar em conjunto ações voltadas para as questões emergentes como a pauta urgente como a falta do aterro sanitário coletivo, que causou inúmeros contratempos e ações judiciais contra os prefeitos atuais.

Luiz Gomes sugeriu utilizar como ferramenta imediata o apoio do Consórcio Intermunicipal dos Municípios de Rondônia (Cimcero) que conta com 42 municípios consorciados e já dispõe de programas básicos de saúde para atender a demanda reprimida, programa ambiental para atender municípios na gestão de resíduos sólidos urbanos e de gestão escolar, que pleiteia aumento de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Luiz Gomes também sugeriu aos prefeitos que sejam feitas audiências com os juízes e promotores, no sentido de apresentar as demandas e sensibilizá-los a judicializar apenas as ações que de fato conotem improbidade danosa ao erário público, e sugerir que primem primeiro pelo auxílio e o diálogo com os gestores, para que a Municipalidade não interrompa suas atividades por causa de medidas judiciais que às vezes não resolvem o problema.

  

Fonte: Por Edmilson Rodrigues


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