A baixaria e a falta de moralidade protagonizada entre membros dos dois poderes eletivos do Estado de Rondônia coloca em xeque a credibilidade e a idoneidade dos mandatários do Executivo e do Legislativo estadual. Um lado (Executivo) gravou o outro (Legislativo), e ambos caminham para um embate sem volta este ano de eleições gerais, para eleição de presidente da República a deputado estadual.
Na lista de besteirol que foi publicado tratando do conteúdo de um áudio que abastece a sociedade civil organizada - e efetivamente produtiva e desgarrada de benesses do Poder Público, de um lado propagam que houve ‘trama diabólica’ para tornar ‘refém’ um estadista, enquanto há o lado dos que tentam criar uma cortina de fumaça para brindar o Poder Legislativo.
Episódio semelhante em Rondônia ocorrido em 2016, envolvendo brigas de bastidores e queda de braços entre políticos dos dois poderes eletivos estaduais, com gravações misteriosas, resultou na “Operação Dominó” deflagrada pela Polícia Federal que culminou na prisão e condenação de vários deputados, e a prisão inédita do então Desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, de procurador de Justiça do MP, de membro do TCE/RO.
Entre os envolvidos da Operação Dominó, uns ainda respondem, há os que obrigatoriamente se aposentaram da vida pública, tem aqueles cumprem cana pelos atos praticados na época e, pasmem, tem envolvidos à época que querem poder pelo voto popular com pretensão de se candidatarem em 2018.
Da parte dos vitimados nessa nova peleja protagonizada pelo MDB, resta a sociedade debater nas redes sociais perguntas para muitas falas ditas na gravação clandestina de dois deputados, certamente providenciada por alguém que está aconchegado demais ao poder para se ver de fora dele, e quiçá enrolado até o pescoço em falcatruas de supostas irregularidades, que ensejaram as supostas CPI’s que seriam criadas no estado.
Embora a imprensa rondoniense ainda não tenha prospectado o que dizem as pessoas comuns nos grupos de WhatsApp e outras plataformas de redes sociais, há publicações solitárias como o artigo do coronel PM Fernando Luis Brum Prettz, ex-comandante Geral da Corporação, cobrando postura e respeito do governador Confúcio Moura com as instituições do Estado, publicação que vem sendo replicada por policiais militares e cidadãos comuns em grupos de redes sociais.
A reportagem do site Correio Central questionou um membro do governo estadual e outro da Assembleia Legislativa sobre o artigo, e um deles deu uma resposta bem cretina: “O coronel Pretz é oposição ao governador!”. Sobre o mesmo áudio de conversas entre deputados revelar uma mulher que cuida da vida Fiscal do governador o “lambe-botas” se esquivou, engoliu saliva, e propôs a mudança de assunto. Da outra parte a pergunta insinuando hipóteses sequer foi concluída.
Embora postagens midiáticas, a maioria de publicação integrada, motivadas por publicidade governamental (leia-se PI), tentem impor a notícia de que há vítima e réu nesse episódio. Todavia, para os simples mortais que trabalham e pagam seus impostos para sustentar os poderes eletivos e os da Justiça, o que mais parece é uma disputa indecente e imoral pela permanência no poder com troca de ameaças, grampos oportunistas e sabe-se lá mais do que são capazes.
OPERAÇÃO DOMINÓ PRENDEU DEPUTADOS, DESEMBARGADOR, PROMOTOR DE JUSTIÇA E NO TCE
CONFIRA ABAIXO O ARTIGO PUBLICADO PELO CORONEL FERNANDO LUIZ BRUM PRETZ
No dia de ontem o Governador do Estado de Rondônia, o Sr. Confúcio Moura, conseguiu inovar no Direito pátrio. O Brasil e os Brasileiros estão perdendo um grande jurista e estadista.
Neste rincão, o jurista e estadista Confúcio Moura, trocou mais uma vez o Comando da Polícia Militar. Não, não foi do Coronel PM Ênedy para o Coronel PM Ronaldo, até porque isso aconteceu há seis dias, esse fato já está no passado.
Ontem, em 05 de março de 2018, foi à passagem de Comando da Polícia Militar do Coronel PM Ronaldo para o Coronel PM Ênedy. Esse ato jurídico novo, fresquinho, consolidou nos anais do direito uma nova forma de provimento em cargo público.
Me recinto em ver que uma pessoa com tamanho alcance, esteja de fora do seleto grupo de administrativistas e constitucionalistas Brasileiros. É uma pena que tamanho talento não tenha o reconhecimento merecido em âmbito nacional.
Devo aqui dar o devido destaque para tal inovação.
No Brasil, as formas de provimento nos cargos públicos são as seguintes: nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução.
Com esse novo ato de troca de Comando na Polícia Militar, o Governador institui, tanto no Estatuto da Polícia Militar, quanto na Constituição do Estado de Rondônia o “ATO ADMINISTRATIVO DE LIVRE ESCULHAMBAÇÃO”. É isso mesmo!
Livre Esculhambação, é o ato administrativo pelo qual o “administrador” decide, considerando a sua pessoalidade, esculhambar a vida de outrem e/ou de uma instituição.
A instituição e seus integrantes foram mais uma vez desrespeitados. Já é a terceira vez que o Governador providencia esse tipo de ato nos seus mandatos, mas, somente agora é que conseguimos compreender o alcance do seu pensamento. Nas duas primeiras vezes em que o fez, estava aperfeiçoando a doutrina, para então consolidá-la na data de ontem.
Parabéns Governador-doutrinador. Até quando a honrada e digna Instituição Polícia Militar será desrespeitada?
A Polícia Militar do Estado de Rondônia merece respeito, Sr. Governador!
Porto Velho-RO, 06 de março de 2018.
Fernando Luis Brum Prettz – Cel PMRR - Ex-Cimandante Geral da PM/RO - foto Esio Mendes - Decom RO
Fonte: www.correiocentral.com.br