As novas ferramentas de combate ao abuso de poder econômico, do poder público e o fim dos financiamentos abusivos de campanha são fatores que contribuem para a lisura do processo democrático, e pela primeira vez a população presencia uma campanha mais transparente e igualitária.
Esta é a avaliação do promotor Evandro Araújo de Oliveira, que responde pela 28ª Zona eleitoral do Ministério Público Eleitoral da comarca de Ouro Preto d’Oeste. A exceção das investigações para apurar doações de campanha por pessoas cadastradas no programa Bolsa Família, a eleição de 2016 é a mais transparente dos últimos tempos, e os candidatos têm cumprido as regras.
O promotor Evandro Araújo, disse que apesar de haver registro de algumas denúncias, ainda não foi verificado nenhum ato que conote crime eleitoral grave. “Das minhas três eleições que cubro essa é a mais tranquila, nós temos feito diligências tanto em Ouro Preto como nos municípios que compõem a comarca para verificar a questão da propaganda e algumas denúncias que chegaram”, salientou.
Com o rigor da Lei Eleitoral, tem ficado cada dia mais difícil para candidatos mal intencionados burlarem as normas. “Tanto eu, como a doutora Alba da Silva que também é promotora eleitoral, temos algumas denúncias em apuração, mas de regra a campanha em si os candidatos têm respeitado a legislação”, afirmou o promotor.
Na avaliação do promotor, muitas pessoas entram para a política para obter ganhos e em defesa de interesses pessoais, mas estão deixando de concorrer graças a vários fatores, entre os quais a eficiente fiscalização dos órgãos de controle como o Ministério Público com o Judiciário, da Polícia, a própria sociedade e da imprensa que é fundamental na democracia brasileira.
Na visão do magistrado, nos tempos atuais quem pretende entrar na política com finalidades escusas pode ter certeza que uma hora ou outra vai se enrolar, e às vezes para o resto da vida. “Hoje a pessoa mal intencionada ela tem o trabalho de fazer o desvio que sempre deixa rastro, e depois tem o trabalho de esconder esse dinheiro. Hoje está muito mais difícil esconder dinheiro desviado”, avalia o promotor.
Autor: Edmilson Rodrigues