Correio Central
Voltar Notícia publicada em 08/10/2018

Eleitor decide por fim a ciclo de 20 anos de poder petista no Acre

Gladson Cameli, do progressista, é eleito em primeiro turno com 53% dos votos. Família Viana está fora do poder.

A derrota da família Viana nas eleições para o governo do Acre foi emblemática. A oposição deu fim a hegemônia de poder do Partido dos Trabalhadores (PT) que durou por 20 anos no Estado. Ironicamente, o PT chegou ao poder com a saída de Orleir Cameli, e a queda da oligarquia acontece exatamente pelas mãos de mais um membro da família Cameli. Gladson Cameli (Progressista) foi eleitor no primeiro turno com 53% dos votos do eleitorado acreano, derrotando Marcus Viana (PT), o ungido dos cardeais petistas, os irmãos Jorge e Sebastião Viana.

O governador Sebastião Viana (PT) logo após conquistar a reeleição para seu segundo mandato à frente da administração estadual lançou a candidatura de Marcus Viana. Na época, Viana acrescentou que a FPA estaria passando por um encontro de gerações, deixando nas entrelinhas que o prefeito da capital concorreria ao governo nas eleições 2018. O cardeal petista criticou o que ela classificava como desorganização da oposição e comparou o governo a um trem, mas nas eleições deste ano, o trem a vapor descarrilou em suas mãos.

Mesmo vencendo a disputa eleitoral deste ano com relativa facilidade, no início da campanha, Gladson Cameli teve que enfrentar as criticas dos próprios aliados que reclamavam de supostos acordos que não estariam sendo cumpridos na coligação. O que pode ser considerado como um dos maiores acertos de Cameli foi a escolha de Major Rocha (PSDB) como seu vice. Apesar de provocar um mal estar entre os pequenos partidos que ameaçaram abandonar o barco, com ajuda de Rocha, o candidato progressista acertou o passo da campanha.

O desgaste do projeto da FPA, coligação comandada com mãos de ferro pelo PT, pode ter sido o maior adversário de Marcus Viana, que conquistou a reeleição como prefeito de Rio Branco, colocando mais de 40 mil votos de diferença na oposição, mas cometeu o mesmo pecado de Flaviano Melo (MDB), quando venceu o PT na Capital, mas abandonou o mandato com menos de dois anos para disputar o governo. Marcus também errou quando assinou um documento da OAB onde ele se comprometia em ficar até o final do mandato.

Fonte: Acreaovivo

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