Correio Central
Voltar Notícia publicada em 19/10/2018

Vale do Paraíso: família de jovem morto em Mato Groso aguarda a 6 meses para sepultar o corpo

Ezequiel Pemper morava em Vale do Paraíso, e foi espancado em Campo Novo e morto pelo serial killer que filmou a cena do crime.

Familiares de Ezequiel da Silva Pemper, o “Kieel”, que residia em Vale do Paraiso e em maio deste ano foi barbaramente espancado e assassinado em Mato Grosso, num distrito de Campo Novo dos Parecis, completam seis meses de sofrimento por não conseguirem a liberação da ossada da vítima para trazer para Rondônia para os pais fazerem o velório e o sepultamento.   

 

Ezequiel foi uma das cinco vítimas de José Elgy Alves Silva, ex-militar tido como um serial killer frio que é dono de uma boate e duas borracharias em Campo Novo dos Parecis, que seria ligado a uma facção criminosa que age naquela região de Mato Grosso. Ele foi preso.   

 

Já se passaram seis meses e 19 dias de assassinado, cinco meses e sete dias de elucidação do caso, e a família nada pode fazer para trazer os restos mortais para Vale do Paraíso,

O resultado do exame de DNA que um casal de irmãos de Ezequiel saiu na última terça-feira, porém informaram ao irmão que a família terá que entrar na justiça pra tirar o corpo do cemitério para trazer para Rondônia.

 

Autoridades da polícia de Campo Novo teriam autorizado o enterro dos restos mortais de Ezequiel como se ele fosse indigente, e nem ao menos ligaram para avisar a família. Enterraram por conta própria, a descoberta pelos familiares ocorreu por meio de um agente funerário.

 

Edson Pemper, irmão de Ezequiel que viajou a Comodoro para retirar material genético para ser realizado o exame de DNA pela Politec de Mato Grosso, lamenta essa situação que faz aumentar o sofrimento da família, principalmente dos seu pais com a aproximação do Dia de Finados.

 

“Esta semana completam três meses que tiramos o material genético para o exame de Dna do caso do meu irmão, e até então o resultado não saiu. Liguei lá várias vezes, e a última vez disseram que o responsável não tinha conseguido extrair material do dente do meu irmão pro Dna, e que ele iria repetir o processo”, contou Edson.

 

“Daqui uns dias è dia de finados, e eu e minha família não temos o direito de visitar o túmulo dele. Porque ele tá engavetado no cemitério lá de Campo Novo como indigente. A Politec de lá sepultou ele como indigente sem ao menos avisar pra nossa família”, disse indignado o irmão da vítima, de Vale do Paraíso.

 

Os resultados obtidos e as análises realizadas pelos peritos da Politec de Mato Grosso atestaram que o perfil genético obtido do dente coletado do cadáver de Ezequiel, encontrado em avançado estado de decomposição, no município de Campo Novo do Parecis no dia 10 de maio de 2018, é compatível como sendo de um irmão germano de Kesia da Silva Pemper e Edson da Silva Pemper.

No entanto, a família continua com o sofrimento de não poder velar e sepultar seu ente querido.

Ezequiel Pemper foi enterrado como indigente e a família dele só ficou sabendo por meio de um agente funerário

 

Fonte: www.correiocentral.com.br

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