Taxista de Ouro Preto ameaçado abandona profissão e vai embora da cidade

Edmilson Rodrigues - Um taxista de Ouro Preto do Oeste abandonou a profissão, entregou o veículo para o dono da placa, arrumou a mudança e foi embora da cidade no domingo à noite temendo ameaças de um indivíduo que estaria utilizando o serviço de transporte de passageiros no horário noturno, e além de não pagar a corrida faz ameaça aos profissionais.  

A julgar pelas declarações do taxista José Roberto Cozzer, de 45 anos, embora a cidade de Ouro Preto do Oeste seja de pequeno porte, a vida não é fácil para quem atua nessa profissão, principalmente no período noturno.  Segundo registro policial feito pelo taxista na última sexta-feira, ele fez várias corridas para o elemento em locais suspeitos que não pagou as viagens, e ainda estaria ameaçando-o de morte.

De acordo com declarações do taxista que deixou a cidade com sua família, o cliente queria pagá-lo com eletroeletrônico de procedência duvidosa, e como não aceitou, passou a ser ameaçado de morte. O taxista registrou ocorrência policial na Delegacia Civil, deu o nome do cliente, do bairro e da rua onde ele mora.

Em contato com a reportagem, o taxista disse que decidiu abandonar a profissão, comprou passagens, embalou a mudança para ir embora da cidade porque estava com medo de ser morto. “O cliente conhecido por ‘gordinho’ costuma pedir o taxi, circula por vários locais e depois não paga a conta. A gente cobra e ele ainda ameaça”, desabafou.

José Roberto Cozzer também registrou outra ocorrência contra um homem conhecido por “Polaco”, que na companhia de um homem de cor, e desconhecido, teria exigido dele a quantia de R$ 15 mil alegando que era dívida do irmão do taxista. Inclusive Polaco teria acionado o taxi que Carlos Cozzer trabalhava para uma corrida, mas o profissional decidiu não ir.

O presidente da Associação dos Taxistas da Região de Ouro Preto do Oeste (Atopo) Carlos Aparecido José dos Santos, confirma as denúncias do taxista plantonista, e diz que tem recebido queixas de outros profissionais que “gordinho” estaria forçando taxistas a levá-lo em locais que supostamente seria ponto de venda de drogas, não paga pela corrida e ainda intimida os motoristas dos plantões.

O presidente da associação, disse que vai procurar as autoridades policiais e pedir providências porque os taxistas que trabalham nos plantões noturnos estão com medo de atender viagens em determinadas situações.