Produtor rural pioneiro da Linha 12 do 31 tira a própria vida na zona rural de Ouro Preto do Oeste

A guarnição da Polícia Militar de Teixeirópolis foi acionada à propriedade rural localizada no travessão da Linha 12 da RO-473 - a linha 31 - pela família do produtor rural Lourival José Lopes, o seu “Louro”, ou “Lorim”, 66 anos, como era conhecido, após os filhos encontra-lo dependurado por uma corda num amontoado de milho seco no paiol, ao lado da sua residência.

O sargento PM Resende e o soldado Agnaldo compareceram no local e acionaram a equipe da Perícia Técnico-Científica da Polícia Civil em Ji-Paraná, e a funerária da Associação Vida Nova, em Ouro Preto do Oeste. Os filhos perceberam o sumiço do pai e o localizaram por volta de 8hs. 

Os peritos João Universo e Carlos Astenreter constataram que o senhor Lourival José Lopes cometeu enforcamento por ‘suspensão incompleta’, pois os pés da vítima encontravam-se tocando o chão. Seu Loro morava na Linha 12 havia 22 anos, ele deixa a esposa, seis filhos e doze netos.

Lourival José Lopes era natural de Conselheiro Pena (MG), morou na região de Goiabeira, porém estava em Rondônia havia mais de 40 anos. Seu corpo foi trazido para a funerária da Associação Vida Nova, e será sepultado na manhã de domingo (18), às 9 horas.

Os filhos do produtor disseram que ele falava em tirar a própria vida, chegou a fazer tratamento para ansiedade e depressão, mas todos não imaginavam que o pai tomaria essa decisão. Um dos filhos disse que ultimamente ele falava que não ia mais fazer tratamento médico, e voltou a falar em suicídio.   

A trágica notícia da desgraça e ruína que se abateu sobre a família do produtor Lourival José Lopes causou surpresa e comoção em amigos e conhecidos dele nas Linhas rurais da região de Ouro Preto e de Teixeirópolis. “Ele era um grande parceiro nosso, é companheiro desde a criação da associação” lamentou Silas Batista, o “Silão”, um dos primeiros a chegar na propriedade, e cofundador da Associação de produtores da Linha 12 (APRUSMAN), da qual seu Loro fazia parte.   

O senhor Manoel Coelho, amigo de infância de seu Lorim dos tempos de Conselheiro Pena e de Goiabeira, que hoje reside em Comodoro-MT e estava passeando no sítio do companheiro de longa data, não queria acreditar no que estava acontecendo. “Até parece que ele esperou eu chegar aqui. Estava alegre com a família, tinha ido à igreja e ninguém imaginava que ele faria uma coisa dessas”, lamentou.

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