Correio Central
Voltar Notícia publicada em 15/02/2017

Polícia Civil de Ouro Preto apresenta mais um membro do bando acusado de aterrorizar assentados do Margarida Alves, em Nova União

Tiago é acusado de ser um dos cabeças da organização que levou o terror às vilas agrícolas do assentamento de Nova União

A Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste apresentou na tarde desta quarta-feira (15) Tiago Vizintim Ferreira, que teve a sua prisão decretada, mas não foi localizado durante a segunda fase da Operação Terra Roxa, que foi realizada na manhã do dia 7 de fevereiro nas cidades de Ouro Preto do Oeste, Urupá, Alvorada d’Oeste e Ariquemes.

As prisões são com base em investigações que apuram crimes de espancamento e tortura de agricultores, cárcere privado e invasões que vinham ocorrendo em áreas de reserva permanente do Assentamento Margarida Alves, em Nova União. Tiago Vizintim é tido como um dos cabeças do bando.

A operação contou com a participação de quarenta policiais civis, incluindo cinco delegados, sob a coordenação dos delegados Julio Cesar de Souza Ferreira e Roberto dos Santos da Silva, e a ação foi derivada da Operação Terra Legal, deflagrada em Dezembro de 2016, ocasião em que foram apreendidas várias armas de fogo e farta munição, inclusive de calibre .762 (fuzil), tendo sido presos naquela oportunidade três envolvidos em virtude de prisão temporária, incluindo o ex-comandante da PM de Urupá e de Alto Paraíso, o sargento da Reserva Reinaldo R. Rocha.

Segundo os Delegados que coordenaram a operação, a ação visa coletar elementos de prova em inquérito policial instaurado para apurar os crimes de Organização Criminosa, Extorsão, Tortura, Porte e Disparo de Arma de uso restrito. O principal fato ocorreu em 10 de novembro de 2016, quando integrantes da referida organização torturam brutalmente assentados do assentamento Margarida Alves.

Ao todo, foram cumpridos nove mandados de prisão e um mandado de condução coercitiva, além de buscas e apreensões, nos municípios de Ouro Preto do Oeste, Alvorada do Oeste, Urupá, Porto Velho e Ariquemes. Naquela ocasião, Tiago escapou do cerco policial, mas decidiu se apresentar espontaneamente. Além de terem sido acusados de espancarem pequenos agricultores de vilas agrícolas do assentamento, o bando também teria ameaçado de morte o presidente de uma associação que ganhou do Incra o direito de fazer Plano de Manejo e explorar racionalmente as reservas do assentamento.

Fonte: Por Edmilson Rodrigues

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