Guarnição da Polícia Militar de Ouro Preto do Oeste, com apoio do serviço de investigação (P-2) prenderam na tarde desta quarta-feira Kelton Dantas, de 21 anos, e Gustavo Gomes Rocha, 18, autores de vários roubos de celulares ocorridos de uma semana para cá na cidade, a maioria dos crimes cometidos contra mulheres.
Kelton e Gustavo utilizavam uma motocicleta Honda CG Titan 160 ano, 2016/16 sem placas, e vinham praticando roubos na cidade, o último deles ocorreu na tarde de ontem (terça) no Bairro Liberdade, à Rua Presidente Médici, quando a dupla rendeu uma mulher de 35 anos, e portando uma faca, tomaram o celular dela.
Kelton assumiu que participou de ao menos cinco roubos, mas delatou o comparsa Gustavo, que foi detido há algumas semanas pela polícia, mas ainda era menor de idade e foi liberado. A PM saiu em diligência e localizou Gustavo no Bairro Jardim Aeroporto, no local onde alguns usuários de drogas frequentam e se organizam para praticar furtos e roubos, e ele foi preso juntamente com o primeiro agente.
Kelton admitiu que estava roubando celulares para consumir crack e maconha com um grupo de amigos; ele revelou que um celular em boca de fumo de Ouro Preto vale 5 a 10 gramas de crack, as vezes cinco pedrinhas, mas que vendido custa até 100 reais e dá pra comprar mais drogas.
No momento da prisão de Kelton, a motocicleta vermelha era pilotada pelo pai dele, de 47 anos, que havia ido buscar o filho e o veículo numa boca de fumo no Bairro Jardim Aeroporto. “Eu estava em Monte Negro trabalhando num sitio que comprei e quando vi as reportagens aqui de Ouro Preto pensei logo que era meu filho, e que ele tinha tido uma recaída. Eu liguei pra ele e disse que se não aparecesse eu ia entregar todo mundo”, contou o pai, chorando e lamentando a situação constrangedora que passou ao ver armas de fogo apontadas para ele no meio da rua.
O pai do infrator disse que já fez de tudo para tirá-lo das drogas, em um centro de recuperação de internou em Cacoal e até gastou dinheiro para enviá-lo com um primo para São Paulo (SP), onde ele participou de três cultos do bispo Formigoni, da Igreja Universal, denominado “A Última Pedra”, para perder o vício. — Eu gastei dinheiro com duas passagens e mais três mil reais para ele ir pra São Paulo, em mudei para Monte Negro com minha família e tudo ia bem, mas de repente ele voltou para Ouro Preto e começou a fazer essas coisas que nunca tinha feito, lamentou o pai.
Fonte: Por Edmilson Rodrigues