Correio Central
Voltar Notícia publicada em 23/01/2018

Ouro Preto: mulher que foi presa por extorsão revela assédio sexual imoral de motorista de ambulância

A mulher disse que errou, mas quer pagar pelo seu erro, e deseja que a polícia esclareça toda a verdade dessa história

Aloina da Silva, 38 anos, que reside na região rural do município de Teixeirópolis e foi presa na tarde do dia 4 de janeiro pela Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste, sob a acusação de fazer ameaças pelo WhatsApp e de ter extorquido uma quantia em dinheiro de Edson Vander Salomão, de 48 anos, revelou uma versão para o fato que pode gerar uma reviravolta neste caso.

Acompanhada do marido, ela esteve na Delegacia de Polícia Civil na UNISP na última semana e registrou queixa-crime por assedio sexual contra o denunciante que a colocou na cadeia.

O denunciante que é servidor público e disse ser vítima, ao que parece, só falou uma verdade quando procurou a Delegacia de Polícia Civil em Ouro Preto do Oeste: que temia ser desmascarado por ter mantido um caso extraconjugal fora do casamento.

A mulher revelou em depoimento à polícia que ele pratica assédio sexual contra ela há vários anos, e que o dinheiro que recebeu era para enviar para uma mulher com quem o denunciante teria tido um caso quando ela ainda era adolescente, e tinha apenas 14 anos de idade.  

Acompanhada do marido, ela afirmou ainda que desde quando o servidor que é motorista de ambulância, há uns 7 anos, fez uma viagem com sua irmã grávida para Porto Velho, e de lá para cá nunca mais a deixou em paz, e sempre a cantou. Com relação a quantia de R$ 3 mil que ela recebeu dele, segundo afirma, era para custear a viagem de uma outra mulher de volta para Teixeirópolis, e como esta suposta mulher não aceitou retornar a Teixeirópolis, resolveu gastar. “Eu disse para ele que depois o dinheiro seria devolvido, ele disse que tinha arranjado, mas queria receber em ‘perereca’”, declarou a acusada.   

A acusada e o marido estiveram em Ouro Preto do Oeste para contratar um advogado que irá defende-la das acusações, e algumas das revelações feitas por ela são muito fortes, entre as quais a de que o denunciante após ver que sua versão tinha causado a prisão de Aloina e se tornado público chegou a procurar um irmão do marido da acusada propondo retirar a queixa.

A mulher admitiu ter conhecimento dos seus atos ilícitos como o de receber a quantia de R$ 3 mil e pedir mais, vai responder na Justiça, mas quer que toda a verdade seja esclarecida. “O que eu quero é pagar na justiça o que eu fiz de errado. Mas o que ele colocou para a polícia eu quero corrigir”, disse a acusada, em entrevista ao site Correio Central. A reportagem do site foi acionada pelo marido da acusada, que quer tornar público o esclarecimento integral desse episódio.   

PRF nas Redes Sociais

Quanto as páginas do Facebook e do Instagram que o denunciante alegou terem sido usadas pela denunciada para extorqui-lo a mulher garante que desde 2015 não conseguiu mais entrar no Instagram, e que por ela ter levado uma bronca do marido tentou excluir a página e não conseguiu mais acessar. 

O marido da acusada afirmou que sua mulher é aficionada por investigação criminal e sempre alimentou uma fantasia de ser policial rodoviária federal; disse ela, inclusive, ficava durante toda a madrugada assistindo na TV episódios da série premiada C.S.I – Investigação Criminal. “Um parente nosso que mora no exterior enviava esse programa pra ela e a gente brigava o tempo todo porque ela não dormia e só via isso”, disse.

Agora, cabe a polícia investigar os fatos, apurar as duas versões para que este caso seja 100% elucidado.

  

 

 

 

Fonte: www.correiocentral.com.br

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