A Polícia Civil realizou uma operação Terra legal na manhã deste sábado no município de Urupá em cumprimento a cinco mandados de e busca e apreensão na cidade e um na área rural, para combater uma milícia armada acusada de promover conflito agrário, e estaria aterrorizando familiares que vivem no Assentamento Padre Ezequiel em Mirante da Serra e Margarida Alves, em Nova União, com espancamentos, cárcere privado e ameaças.
A operação foi coordenada pelos delegados Roberto dos Santos da Silva, Júlio Cezar Ferreira, de Ouro Preto, delegado Willian Sanches, de Alvorada d’Oeste, e policiais civis de Ouro Preto, Mirante da Serra, Urupá e de Ji-Paraná.
Na ação, foi apreendido um arsenal de armamento de grosso calibre, farta munição e foram preso o negociante “Edinho do Ouro”, o ex-comandante da PM de Urupá e de Alto Paraíso, o sargento da Reserva Reinaldo R. Rocha e os filhos Reinaldo Rocha Júnior, Isac Manoel Rocha e outro filho, Lucas Emanoel Rocha, estudante de Direito da Ulbra foi levado para a Delegacia Civil de Ouro Preto do Oeste juntamente com Gleisson e o agricultor de nome Luiz, pai de Edinho do Ouro, e proprietário do sitio onde foram encontradas as armas.
Na relação do armamento apreendido consta 01 fuzil 762, 02 espingardas calibre 12 com repetição de até sete tiros, similar a que é usada pela polícia rondoniense, 01 carabina calibre 44, 01 carabina calibre 38 de cinco disparos, muita munição, inclusive balas com numeração da Secretaria de Segurança Pública (Sesdec). Também foram apreendidos no sitio quatro motosserras e ferramentas de uso rural.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz criminal Haruo Mizusaki, da comarca de Ouro Preto do Oeste, com base na investigação que apura os crimes cometidos pelo bando que seria coordenado pelo sargento aposentado que é acusado de4 vários crimes na região e no assentamento de Mirante da Serra, inclusive de ter atirado contra viatura da polícia em operação recente.
Os delegados afirmaram que o ex-comandante é o principal alvo da operação, o bando é acusado de vários crimes, entre os quais de ter espancado um agricultor recentemente numa vila agrícola do assentamento e de estar ameaçando de morte o presidente de uma associação que ganhou do Incra o direito de fazer Plano de Manejo e explorar racionalmente as reservas do assentamento.
O dono do sítio, Gleysson e Lucas Rocha deverão ser liberados, mas o sargento, dois filhos e o restante serão recolhidos à Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste.