Correio Central
Voltar Notícia publicada em 29/12/2017

Mulher que matou marido, ateou fogo e jogou no lixão de Ouro Preto vai cumprir o resto da pena em casa

Sirlene Louzada saiu ontem da Casa de Detenção, vai cumprir prisão domiciliar com tornozeleira; ela está se separando do ex-amante

Sirlene Louzada de Amorim, apenada da Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste desde 2011 ganhou a liberdade às 14h30 da tarde de quinta-feira (28), ela vai cumprir prisão domiciliar em casa beneficiada pela progressão de pena, saindo do regime fechado para o semiaberto, e se não desobedecer a restrições da justiça ela não voltará mais para o presidio.

Sirlene ficou conhecida em Rondônia por ter tramado, na companhia do amante Edeildo Xavier Costa a execução do seu marido, o ex-policial civil Augusto Cesar Rodrigues da Silva e da portadora de deficiência mental Dalva Maria Batista, em seguida ateado fogo nos dois corpos dentro de um carro, e jogado no lixão a céu aberto da cidade de Ouro Preto do Oeste (RO), no duplo homicídio ocorrido na madrugada da quarta-feira de Cinzas do dia 19 de fevereiro de 2011.

O policial Augusto Cesar era pai do vereador Jeferson Silva e de Junior Cesar da Silva, que é policial civil no Acre, e foi morto enquanto dormia na sala de sua casa, no Jardim Aeroporto.

O Ministério Público não concordou com a soltura de Sirlene e pediu novo cálculo da pena, no entanto a Juíza de Direito Ligiane Zigiotto Bender, substituta da 1ª Vara Criminal, acatou o pedido do advogado Odair José da Silva e “considerando que nesta Comarca não há local adequado para cumprimento de pena semiaberta para mulheres” autorizou Sirlene a cumprir o restante da sua pena em regime domiciliar, mediante o uso de tornozeleira eletrônica, podendo sair apenas mediante autorização judicial.  

Quando estava presa, Sirlene engravidou no final de 2015 e se casou dentro da Casa de Detenção com Edeildo Xavier e, devido a sua gestação, o advogado Odair José na época recorreu ao artigo 5º da Constituição Federal que assegura às presidiárias “condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação”. Em outubro de 2016, ela deixou a Casa de Detenção para conceber o bebê e acabou cumprindo prisão domiciliar durante nove meses.

Hoje, Sirlene está em processo de separação de Edeildo Xavier, que desde o começo deste ano cumpre pena em regime semiaberto na comarca de Alvorada do Oeste, onde mora. O terceiro envolvido na dupla execução em Ouro Preto, Ademir Germano, também de Alvorada, ganhou progressão de pena em 2016.

Pelo benefício da prisão domiciliar, Sirlene Louzada vai cumprir os seis a sete meses restante da pena usando tornozeleira, este fim de ano ela não poderá, por exemplo, estar no Réveillon da Praça da Liberdade. Entretanto, se tiver bom comportamento fora da cadeia, em breve poderá frequentar qualquer local e ter uma vida normal.

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Fonte: www.correiocentral.com.br - Por Edmilson Rodrigues

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