Por Edmilson Rodrigues - Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi transferido na manhã de quarta-feira (13) do presídio de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, para a penitenciária federal em Porto Velho, capital de Rondônia.
Marcola ficará no mesmo presídio onde estão, ou estiveram, líderes perigosos de outras facções criminosas como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar; Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP.
Publicação da BBC Brasil desta quinta-feira (14), alerta para os riscos e impactos que essas transferências causam para a população local das cidades que recebem esses criminosos. De fato, Porto Velho não é mais segura como outrora foi, a criminalidade atua de maneira mais ousada.
Marcola é condenado a mais de 330 anos de prisão pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, formação de quadrilha e roubos, e apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Estado de São Paulo como o número um da facção, e exerce forte influência dentro dos presídios brasileiros.
A reportagem da BBC entrevistou a professora da Universidade de Brasília (UnB) Haydée Caruso, do Departamento de Sociologia e o Núcleo de Estudos Sobre Violência e Segurança da universidade.
Na publicação, ela aponta que “a chegada de um líder de uma facção como o PCC muda a dinâmica local tanto dentro do presídio quanto fora dele e possibilita o aumento da violência e da criminalidade”, e que o resultado dessas transferências tem sido a ampliação dos conflitos dentro e fora dos presídios.
A transferência de integrantes do PCC ocorre após o governo de São Paulo e o Ministério Público ter descoberto um plano de fuga para os chefes, além de ameaças de morte ao promotor que combate a facção no interior de São Paulo.
O Ministério da Justiça participa da operação e classifica a transferência como um isolamento de lideranças com intuito de enfraquecer e desmantelar o crime organizado dessas facções que atuam dentro e fora dos presídios brasileiros, e internacionalmente.
Fonte: www.correiocentral.com.br