Jovem envolvido na morte de jaruense se entrega à polícia e diz que foi agredido primeiro

Meig Johnson de Sena, o “Meig”, 18 anos, o principal envolvido na confusão que originou na briga seguida de agressão violenta e  morte do jaruense Áureo Eduardo Amorim, 21 anos, na madrugada do dia 4 de novembro, na Avenida Jorge Teixeira, se apresentou na Delegacia Civil em Ouro Preto do Oeste na tarde de terça-feira, e foi encaminhado para a Casa de Detenção.

Meig prestou depoimento antes de ser recolhido a Casa de Detenção, e antes de ser conduzido falou rapidamente com a reportagem do Correio Central e deu sua versão para justificar a violência gerada da confusão que ele teve com Áureo Eduardo Amorim.

Segundo o acusado, ele brigou com a vítima e mais três homens, e além de estar em desvantagem teria sido golpeado com uma facada na mão esquerda que usou para se defender de uma injusta agressão, e mostrou a mão perfurada dos dois lados.

Segundo Meig, um grupo de rapazes incluindo Áureo começou a ‘zoar’ com ele e seus amigos, e de repente a briga iniciou e ele foi agredido a chutes. “ficou muita gente (em cima) e eu levei uma facada que nem sei quem deu”, disse, não afirmando que Áureo lhe esfaqueou.

A primeira informação divulgada foi de que Meig teria se cortado com o canivete ao tentar lesionar a vítima, porém ele alega que revidou a uma injusta agressão.

PRISÕES

Na segunda-feira, a polícia prendeu Paulo Henrique Marquete Pazine, José Ferreira Passos Júnior e Dhullimar da Silva Soares, todos envolvidos na violenta agressão contra o jovem que veio a Ouro Preto auxiliar uma banda de forró que se apresentou em uma das casas de forró da cidade.

Três menores que participaram da sessão de espancamento e morte de Áureo foram encaminhados para um centro socioeducativo para internação provisória de 45 dias, podendo ser prorrogada. 

Assim que cometeu o crime, Meig foi para uma fazenda na região do Distrito de Guatá, no Mato Grosso, mas retornou para Ouro Preto e ontem decidiu se entregar, segundo informou o advogado Odair José da Silva, que o acompanhou até a Delegacia Civil.

O laudo cadavérico da morte de Áureo Eduardo apontou que ele sofreu traumatismo crânio encefálico; corpo da vítima apresentava múltiplas lesões perfuro cortantes superficiais no tórax e região dorsal, lesão lacero contuso na região tempo parietal, e outra lesão lacero contuso occipital e traumatismo no crânio encefálico.

Áureo teve parte da cabeça esfacelada por golpes de pauladas e tijoladas e foi perfurado várias vezes

Na segunda outros três rapazes envolvidos na briga tiveram suas prisões decretadas pela justiça