Uma das cinco vítimas assassinadas por José Elgy Alves Silva, 31, anos, tido como líder do Comando Vermelho em Campo Novo do Parecis (MT), que matava pessoas e se vangloriava nas redes sociais, é Ezequiel da Silva Pemper, o “Kieel”, de 25 anos, que morava em Vale do Paraíso, a 36 km de Ouro Preto do Oeste (RO).
A cena mais forte de vídeos apreendidos com o assassino, é o que ele espanca cruelmente o rapaz que era de Rondônia antes de mata-lo com tiros na cabeça.
O corpo de Kieel foi localizado na última quarta-feira (8) em um matagal na área rural do distrito de Marechal Rondon, de onde a vítima morava e havia desaparecido desde o dia 1º de abril. No dia 4 de abril, familiares de Kieel postaram mensagens no facebook comunicando o sumiço dele.
O delegado de Campo Novo do Parecis Adil Pinheiro de Paula conduz o inquérito, e afirmou em reportagens que o comportamento de José Elgy é de um serial killer, de um matador frio que comenta que as vítimas imploravam pela vida, e não demonstra arrependimento.
A investigação aponta que na verdade o ex-militar é dono de duas borracharias e uma boate na cidade, e é membro de uma facção criminosa que age na região.
O assassino, que é ex-militar do Exército e já esteve em missão de paz no Haiti, e se diz “justiceiro”, não demonstrou remorso ao ser preso, e argumenta que só eliminava usuários de droga e bandidos, perfil que não se encaixa com o do jovem de Vale do Paraíso que trabalhava em uma fazenda e costumava ir à cidade uma vez por mês.
O jovem Ezequiel era filho de um casal de servidores públicos em Vale do Paraíso (RO), e segundo o irmão Edson Pemper informou ao site Correio Central, ele atualmente trabalhava numa fazenda do distrito mato-grossense de Marechal Rondon onde gozava de confiança e fazia de tudo, dava manutenção em colheitadeira, fazia manipulação de herbicidas, fazia compras na cidade e auxiliava até na cozinha.
A família ainda não sabe se vai trazer os restos mortais de Ezequiel para Rondônia ou vai enterrar em Mato Grosso, a ossada do rapaz está no Setor de Antropologia Forense da Polícia Técnico-científica (Politec) de Cuiabá.
Os restos mortais do jovem que estavam em Tangará da Serra foram encaminhados para Cuiabá para serem analisados. “A gente está esperando o delegado de Campo Novo, o doutor Adil Pinheiro de Paula, nos chamar para meu pai ou eu ir lá e retirar o material genético para exames”, disse o irmão.
Segundo o irmão, no dia que desapareceu Ezequiel estava com uma quantia em dinheiro entre R$ 2 mil a R$ 2,5 mil, e também havia comprado um celular Moto G5, que desapareceram.
O jovem de Vale do Paraíso havia se mudado para a região de Campo Novo do Parecis há dois anos, e deixa uma namorada grávida, que com familiares no estado do Acre
A outra das cinco vítimas do assassino identificada esta semana é José Cícero Barbosa da Silva, de 38 anos.
OSSADA DE EZEQUIEL ESTÁ NO CENTRO DE ANTROPOLOGIA DE CUIABÁ
JOSÉ ELGY POSTA CABEÇA DE UMA VÍTIMA NAS REDES SOCIAIS
IMAGEM MILHARAL: PORTAL CAMPO NOVO
Fonte: www.correiocentral.com.br - Edmilson Rodrigues