A cena marcante de uma mulher sob uma tenda de retalhos no canteiro no centro de Ouro Preto do Oeste, entre as pistas da avenida XV de Novembro, chamou atenção, emocionou e incomodou muitas pessoas que na última semana, principalmente os comerciantes e comerciários que trabalham nas imediações.
Ela tem dormido na calçada de uma loja de eletroeletrônicos, e durante o dia se instala na calçada do canteiro, aceita água, alimentos, e seu comportamento oscila entre momentos de lucidez e de raiva, principalmente quando tentaram tirá-la da via pública. O sol forte parece não incomodá-la.
Devido a inúmeras queixas de populares, e acusações infundadas de descaso, por parte de pessoas que têm comportamento crítico nas redes sociais, e após o Ministério Público pedir providências, a equipe do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) Secretaria de Assistência Social (SEMAS) entrou em ação, e na primeira tentativa de retirar a mulher da rua ela deu uma cusparada numa psicóloga, reagiu contra homens do Corpo de Bombeiros, não deixou que a levassem e saiu correndo.
Até o prefeito da cidade tentou conversar com a mulher, ofereceu-lhe um copo de água, e ela jogou o liquido nele. O caso dessa senhora não é de uma andarilha, moradora de rua nem um problema social. Trata-se de um problema de saúde pública.
A SEMAS também verificou que ela tem uma residência fixa no Jardim Aeroporto que está fechada, é aposentada e foi morar e dormir na rua, e um laudo da psicóloga do CREAS descreve que ela está passando por um surto psicótico. “Ela sabe contar dinheiro, confere o troco, comprou picolé, comprou tinta e tingiu o cabelo e parte da sobrancelha, e um frasco de dipirona”, contou uma atendente de uma das farmácias do centro da cidade.
Até alguns dias essa senhora era uma pessoa normal, que frequentava o comércio da área central, fazia compras, conversava com as pessoas, mas de repente seu comportamento se transformou. Uma funcionária de uma loja disse ter conversado com ela e a ouviu repetir que o pior inimigo que o indivíduo tem são os parentes, e teria afirmado que decidiu morar na rua por estar sendo enganada por alguns de seus entes.
Recentemente, a SEMAS identificou semelhante, de um idoso de 70 anos que estava perambulando pelo centro da cidade, dormindo nas calçadas e completamente sem memória. Após pesquisar a vida do idoso, a equipe do CREAS localizou seus parentes na cidade de Governador Jorge Teixeira e o encaminhou para os familiares.
No caso da senhora que está ocupando um espaço na área central de Ouro Preto é diferente. Ela tem boa memória, se comunica com raciocínio, utiliza o cartão bancário, mas tem alteração de personalidade e se recusa a deixar o local.
ESTA SEMANA A PREFEITURA PRETENDE RETIRAR A MULHER DO LOCAL
Fonte: www.correiocentral.com.br - fotos Edmilson Rodrigues