Correio Central
Voltar Notícia publicada em 08/09/2017

Polícia investiga assassinato de Luan Torres e localiza jovem que diz ter sido atingido por um tiro no joelho

No bolso de Luan havia notas promissórias e folhas de cheque de alto valor, provavelmente de empréstimos ou de dívidas a receber

A Polícia Civil trabalha com três linhas de investigação para elucidar o assassinato de Luan Torres (27), ocorrido em Ouro Preto do Oeste na noite da última quarta-feira (6) em um bar da rua Castelo Branco com a Espírito Santo, no Jardim Novo Estado.

O sepultamento da vítima que foi  executada pelas costas, ocorreu às 17hs de ontem, no cemitério Bom Samaritano, na saída para a RO-470.

Luan Torres foi surpreendido por um indivíduo quando se divertia no bar com amigos, e atingido por dois disparos, um na nuca e outro tiro que transfixou o peito da vítima. Ele portava uma carteira com quatro notas promissórias de alto valor e várias folhas de cheque pré-datadas, além de outras anotações que estão em poder da polícia.

O delegado Niki Alves Locatelli, que responde interinamente pela Delegacia de Polícia em Ouro Preto do Oeste, afirmou a reportagem do Correio Central que a investigação sobre o homicídio teve início ainda na noite do crime. “Assim que a gente recebeu a notícia do fato nossa equipe deslocou até o local do crime, e já iniciou as investigações. Temos várias linhas de investigação todas abertas, não há nada de concreto e a gente não descarta nenhuma hipótese”, disse.  

O delegado lembra que, em crimes dessa natureza, a Polícia Judiciária conta sempre com a ajuda da população e de testemunhas para chegar ao autor do homicídio, pois a motivação pode ter sido por vários motivos. “Seja de crime passional, seja motivado por alguma dívida ou créditos que a vítima poderia ter, se relacionado a ameaças ou eventualmente alguma espécie de outra atividade ilícita que ele poderia ou não estar praticando”, pontuou o delegado.

No início da tarde do feriado de quinta-feira, o delegado e um investigador estiveram no Hospital Municipal Dra. Laura Maria Carvalho Braga, para interrogar um jovem que estava sentado em uma mesa do Bar do Reginaldo na hora da execução de Luan, e deu entrada na unidade hospitalar com uma grave lesão no joelho, que ele afirma ter sido provocado por um tiro.

O jovem, que reside no Bairro União, perto do Parque do Bosque, contou aos policiais que na noite do crime foi ao bar apenas para beber uma cachaça, e como estava perto da mesa de Luan acredita que a lesão na perna foi provocada por um projetil. “Este rapaz nós já conhecemos de outras situações, ele disse que correu na hora dos disparos e não sentiu nada, mas de madrugada começou a sentir fortes dores no joelho, deduziu que tinha sido atingido, e pela manhã decidiu ir ao hospital”, detalha um investigador.

No entanto, o médico que avaliou o hematoma no joelho do rapaz, não conseguiu precisar se a lesão foi ocasionada por um disparo de arma de fogo. “É possível que seja por um disparo, porque ele estava perto, até porque, dos três disparos efetuados pelo criminoso uma bala atravessou o corpo da vítima e no local encontramos um projetil “achatado”, que pode ter atingido ele”, avaliou o policial.    

O delegado pede à população que qualquer informação que possa levar ao criminoso pode ser repassada na Delegacia de Polícia, a pessoa não precisa se identificar, e caso o faça seu nome será mantido em sigilo.

Luan Torres Era filho do Policial Militar da reserva remunerada Sinayr Martins Torres, morto na manhã do dia 30 de março de 2010 em confronto armado com ex-colegas de farda, no Jardim Novo Horizonte. ele deixa mulher e um filho. 

DELEGADO NIKI LOCATELLI CONDUZ A INVESTIGAÇÃO E SOLICITA APOIO DA POPULAÇÃO PARA ELUCIDAR O CRIME

Fonte: www.correiocentral.com.br - autor Edmilson Rodrigues

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