Correio Central
Voltar Notícia publicada em 05/02/2018

Juiz sentencia trio que matou Gleysson Batista no Morro Chico Mendes; Naldade pega pena maior

João Victor e Maikssuel vão cumprir 22 anos de cadeia e Ronaldo, o Naldade, 24 anos e oito meses de prisão

EDMILSON RODRIGUES - O juiz Rogério Montai de Lima, titular da 1ª Vara Criminal do Fórum da Comarca de Ouro Preto do Oeste sentenciou Ronaldo Simões de Souza, de 23 anos, o “Naldade”, João Victor de Souza Doenha, 19 anos, e Maikssuel de Jesus Souza, o “Suel”, de 19 anos, as penas de 24 anos e 08 meses para Naldade, e 22 anos de reclusão para João Vitor e Maikssuel, pelo crime bárbaro cometido contra a vida de Gleysson Batista Campos, que tinha 30 anos, e foi brutalmente e covardemente assassinado e jogado numa ribanceira de pedras na rampa sul do morro Chico Mendes, na madrugada do dia 27 de novembro de 2016.

Gleisson era contador e trabalhava como gerente da unidade Sicoob UNIJIPR em Ouro Preto, e também era piloto de Motocross. Ele foi atraído para a rampa do Morro Chico Mendes por João Victor, e lá já estavam Naldade, Suel e um menor que também foi detido e cumpre pena no Centro Socioeducativo de Ji-Paraná. O menor teria dado a pedrada na cabeça de Gleysson e Naldade os golpes de faca contra o pescoço da vítima, com ajuda de Maikssuel, que a segurou.  

Gleysson e João Victor foram pela trilha de acesso a rampa sul de salto de paraglider do Morro Chico Mendes, e lá a vítima que estava apenas de bermuda teve o pescoço degolado, seu corpo foi arrastado até a ribanceira do morro e jogado em meio a pedras envoltas de vegetação.

GLEYSSON BATISTA

Os jovens criminosos deixaram próximo do local uma luva plástica descartável, e o veículo da vítima, um Toyota Corolla de cor prata, placa OHM-1972/OPO, ano 2015/16, e o celular foram levados por Naldade e João Victor, que acabaram presos pela Polícia Militar em Nova Mamoré na noite do mesmo dia, quando atravessavam a cidade sentido a Guajará-Mirim.

A vítima é Gleysson Batista Campos e estava apenas de bermuda, teve o pescoço degolado por um profundo golpe, seu corpo foi arrastado por vários metros até a ribanceira da área aberta da clareira na mata onde existe a rampa de saltos, e o criminoso deixou próximo do local uma luva plástica descartável. 

Além de ter sido gerente Posto de atendimento do Sicoob UNIJIPR, localizado na Avenida Daniel Comboni, no centro da cidade, Gleysson Batista Campos trabalhou no Sicoob Centro (Crediron), e na madrugada do dia que foi assassinado iria para a cidade de Urupá onde aconteceria um evento esportivo.

Os delegados Roberto dos Santos da Silva e Júlio Cezar de Souza Ferreira conduziram as investigações do crime ocorrido há 1 ano e pouco mais de dois meses. O réu João Victor foi defendido pelo advogado Odair José da Silva, que conseguiu amenizar a pena do seu cliente desclassificando o crime de roubo para Victor, favorecendo também Maikssuel, defendido pelos advogados Jecsan Sabaini e Paulo Landim que pegou a mesma pena, de 22 anos de reclusão.

NALDADE

Ronaldo Simões de Souza, o “Naldade”, ou “Ronaldinho” como era chamado quando vivia livre, pegou uma pena maior por ter sido considerado o mentor do crime de roubo. Inicialmente, segundo João Victor, era para seus amigos aplicarem uma surra em Gleysson, com quem ele tivera um caso amoroso, mas no local a situação saiu do controle, assassinaram a vítima e ainda subtraíram seus bens. O advogado de defesa de Ronaldo Simões foi o doutor Jormicezar Fernandes da Rocha.  

No despacho do juiz Rogério Montai de Lima, ele escreve: “A culpabilidade do acusado (Naldade) está devidamente evidenciada, sendo de grau elevado, pois agiu de forma planejada e premeditada”, o Magistrado descreve os motivos do crime como sendo egoísticos, a cobiça, o lucro fácil às custas do prejuízo alheio.

Na época do crime, os criminosos disseram em depoimenbto à polícia que o veículo de Gleysson seria vendido por R$ 50 mil na Bolívia.

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Fonte: www.correiocentral.com.br - fotos Edmilson Rodrigues

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