A demanda de atendimento no Hospital Municipal Dra. Laura Maria Carvalho Braga em Ouro Preto do Oeste está aumentando de maneira preocupante, todos os dias a recepção da unidade hospitalar pública está lotada e em todas as áreas de atendimento é verificado excedente no atendimento.
Para se ter uma ideia, a última quinta-feira (6), dia de atendimento a parturientes, dez mulheres grávidas entraram em serviço de parto, e apenas duas são residentes na Estância Turística de Ouro Preto do Oeste. A direção do HM apresentou relatório de produção ambulatorial dos seis primeiros meses do ano e os números é de longe superior aos anos anteriores.
O Pronto Socorro do HM de Ouro Preto atendeu no primeiro semestre, até o final de junho, 16.059 pessoas, e realizou 28.360 medicações, 249 pontos em cortes, 391 suturas, 99 remoções (exérese) de tumores, 92 drenagens, 98 infiltrações, retirados 42 corpos estranhos, e feitas 42 limpezas de ouvido e 910 curativos, 33 imobilizações, 07 limpezas gástricas e 05 reduções.
Na unidade hospitalar foram realizadas 2.301 consultas, 6.229 exames de raio X, 1.051 exames de ultrassonografias, 686 inalações, 46 procedimentos de instalação de sonda vesical na bexiga.
O Centro Cirúrgico realizou mais de 530 cirurgias eletivas que são agendadas nas áreas pediátricas, de cirurgias clínicas e partos, mais de 150 mulheres conceberam bebês no HM nesses primeiros meses do ano.
O Hospital Municipal funciona para atender emergências e nos casos mais complexos, com a internação. Quando chega um paciente com quadro grave, todos os médicos, enfermeiros, auxiliares são deslocados para o Pronto Socorro, e todos os dias ocorre de ter até cinco pessoas ao mesmo tempo na sala de urgência, e naturalmente que está aguardando na recepção para ser atendido terá de esperar um pouco mais.
O prefeito Vagno Gonçalves Barros “Panisoly” (PSDC), demonstrou preocupação ao receber o relatório de produção, e comentou que essa demanda em excesso compromete o atendimento regular aos pacientes da cidade. “Algumas pessoas procuram o hospital público com problemas que poderiam ser acompanhados no posto de saúde do bairro, e devido à demora não entendem que as vezes os profissionais são deslocados para a emergência e fazem críticas nas redes sociais desmerecendo o esforço e o trabalho dos funcionários”, lamentou.
O diretor do Hospital Municipal, Boby Charlton Gois Gil, disse que tem havido casos de usuários do sistema de saúde que procuram o HM e querem realizar procedimentos que não competem a emergência, e as vezes o médico da área especifica solicitada não está no local. “Há muitos casos de cidadãos que chegam no hospital exigindo que seja fornecido uma receita médica porque o centro de saúde ou posto de saúde do bairro já está fechado. Não funciona assim, existe situação que só pode ser resolvido no psf ou através de consultas nos centros de saúde”, orienta.
A DEMANDA É A MAIOR DOS ÚLTIMOS ANOS, RECEPÇÃO E CORREDORES LOTADOS SEMPRE
Fonte: www.correiocentral.com.br