Correio Central
Voltar Notícia publicada em 17/04/2018

Campanha em Ouro Preto alerta para riscos de doenças graves por falta de higiene de manicures e em salões de beleza

Pesquisa do Senac revela que risco de contaminação nos municípios da região de Ouro Preto é alto, devido a falta de cuidados

Nos seis municípios que compõem a Região de Ouro Preto do Oeste, sem exceção, há estabelecimentos e profissionais autônomos que trabalham com material perfurocortante que têm um índice de cuidados muito baixo e aquém do mínimo necessário para assegurar que os clientes não venham a contrair doenças transmissíveis como Hepatite B, C, Aids, micoses, verrugas e outras doenças transmissíveis de menor potencial.

A constatação é de uma pesquisa feita pelo Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC/RO) de Ji-Paraná com o Instituto Estadual de Desenvolvimento Estadual da Educação (IDEP/RO). Vale ressaltar que, já houve em Ouro Preto registro pela Divisão de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSAU) de pessoa que contraiu uma dessas doenças por mau uso de acessório perfurocortante.

Na última sexta-feira, as alunas do curso do Senac realizaram uma campanha na cidade para alertar a comunidade. “Nossa pesquisa foi pontual, aqui em Ouro Preto. E o índice é alarmante. Falta um serviço de conscientização grande das manicures também. A maioria sabe e não está tomando os cuidados”, alerta a professora Andressa kauasme Pontes, docente do Senac do Curso de Manicure realizado em Ouro Preto do Oeste.

A docente orienta que é preciso ter uma campanha extensiva e exaustiva por que consumidores podem estar contraindo doenças não apenas na manicure, mas também em locais que fazem tatuagens, ou no cabelereiro. “Através de um pente, uma pessoa que tem fungos no cabelo pode transmitir para outra e causar caspas e até a queda do cabelo”, lembra Andressa.

Alicates, palito, lixas de unha, pinceis, lápis e máscaras de cílios podem transmitir doenças se não estiverem esterilizados, ou forem descartados. A falta de higiene nas escovas de cabelo pode transmitir foliculite, micose e piolho. Material de maquiagem não esterilizado transmite conjuntivite e terçol.

A docente do Senac orienta que o prudente é a pessoa ter seu próprio material e contratar apenas o serviço, e que se esse material for dividido com parente ou amiga, o risco de transmissão continua.

“Nós estamos fazendo um trabalho chamado Projeto Integrador que vai integrar as meninas do curso com a sociedade. Nosso objetivo, é demonstrar para a sociedade os riscos que a gente corre quando vai à manicure, e quando vai fazer uma tatuagem, por exemplo”, finalizou a professora do Senac.


Fonte: www.correiocentral.com.br - fotos Edmilson Rodrigues

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