Já está completando nove meses que as empresas de auto fossas estão proibidas de esgotar dejetos humanos, e de empresas comerciais, das fossas sépticas na Estância Turística de Ouro Preto do Oeste, o caos está instalado na cidade, a fedentina avança na área central, nas residências, escolas, postos de saúde e até o momento, infelizmente, a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) não liberou a “bendita” Licença que falta para a situação começar a ser normalizada.
Após receber inúmeras visitas de empresários, de cidadãos e de representantes de instituições em seu Gabinete relatando a difícil situação, o presidente da Câmara Municipal, vereador Josimar Rabelo Cavalcante, o J. Rabelo (PTB), entregou no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho na última segunda-feira, um documento dirigido ao governador Confúcio Aires Moura (PMDB) solicitando uma intervenção institucional do chefe de Estado junto à SEDAM no sentido de viabilizar, dentro das normativas adotadas para o caso, a ação que falta para socorrer a comunidade ouro-pretense-do-oeste que pugna por providências urgentes no impasse da liberação do local dos dejetos coletados na cidade que foi construído ainda no ano passado pelas empresas proibidas de trabalhar, dentro da norma determinada pelo órgão de fiscalização ambiental e o Ministério Público.
Para todas as investidas administrativas que foram demandadas a prefeitura já providenciou, restou ao deputado estadual Marcelino Tenório a ação política que até o momento também não deu resultado, pois está emperrada as atuações da SEDAM que burocraticamente não busca atender o clamor de uma população castigada pelo problema da fedentina e dos riscos à saúde pública, advindas da ausência do poder público.
Empresários estão com seu comércio inviabilizado por causa da fedentina, dejetos líquidos nocivos à saúde humana escorrem pelas ruas da cidade, e a tão aguardada licença não chega, situação que começa a tirar a paciência da população local. Um desrespeito com a sociedade ouro-pretense-do-oeste.
O documento protocolado pelo presidente da Câmara no Palácio do governo do Estado deixa claro que o que está sendo reivindicado não é um pedido de “desvio de atuação” do órgão de fiscalização ambiental, e sim que seja dado andamento nos procedimentos finais para amenizar o problema da população.
O teor do documento protocolado pelo vereador J. Rabelo em Porto Velho destaca que, a comunidade da Estância Turística de Ouro Preto do Oeste – RO, compreendendo o ano de 2016 até a presente data, sofre constantemente com uma política/planejamento voltado exclusivamente para o serviço de coleta de dejetos de fossas residenciais e comerciais.
Ainda no ano de 2016, uma ação conjunta dos órgãos estaduais que atuam em defesa do meio ambiente suspendera os trabalhos das empresas do ramo de auto fossa na sede do Município, veiculando comando para paralisação dos serviços com pena de serem repreendidas judicialmente.
Ocorre que, desde então o serviço de auto fossa não foi mais disponibilizado em toda a cidade, ocorrendo fossas estouradas com derramamento de dejetos nas ruas, avenidas, quintais, pátios escolares, e até mesmo nas unidades de saúde.
“Providências foram agendadas com a participação dos seguimentos competentes, projetos elaborados de forma planejada que buscou atender todos os trilhos das legislações pertinentes, em âmbito municipal e outras esferas de governo, em consideração a calamidade pública que por momento assola nossa comunidade diretamente”, diz trecho do ofício.
COMERCIANTES DIZEM QUE VÃO FECHAR AS PORTAS CASO O PROBLEMA DA FEDENTINA NÃO SEJA RESOLVIDO
Fonte: www.correiocentral.com.br - fotos Edmilson Rodrigues