Correio Central
Voltar Notícia publicada em 13/10/2015

Veja denuncia: desde 2011 a ANP não fiscaliza em Rondônia a qualidade dos combustíveis

Por lei, o monitoramento deve ser feito em todo o país. Acre e Rondônia, entretanto, não têm avaliação desde 2011. Em março, a Paraíba foi o primeiro Estado a suspender as coletas.

Uma reportagem editada pelo site da revista Veja revela que a APN (Agência Nacional do Petróleo) desde março deixou de realizar o monitoramento da qualidade dos combustíveis em 20 Estados, e que no Acre e em Rondônia essa fiscalização foi suspensa em 2011.

 

São mais e 4 anos sem o monitoramento da qualidade do combustível consumido em Rondônia, e qual a garantia os consumidores têm? Quantos proprietários de veículos vão parar em oficinas reclamando que o problema está no combustível e não têm a quem recorrer? 

 

LEISA MATÉRIA PÚBLICADA NO SITE DA VEJA:

 

ANP deixa de monitorar qualidade dos combustíveis em 20 Estados

 

Mesmo pagando até 5% mais caro pelos combustíveis desde a última semana, o consumidor não tem garantia da qualidade da gasolina vendida no país.

Desde março, contratos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) com 16 universidades não foram renovados, deixando 20 Estados sem monitoramento da qualidade dos combustíveis. Desde então, o número de postos monitorados caiu 53% e atingiu em agosto a pior média desde 2002. No Nordeste, desde junho nenhum posto tem a qualidade avaliada.

 

Apenas postos de Minas, São Paulo, Goiás, Tocantins e Rio Grande do Sul foram monitorados em agosto. Os laboratórios coletaram amostras em postos sorteados entre 18 mil estabelecimentos - menos da metade do monitoramento realizado no último ano, quando 25 institutos analisaram postos de 24 Estados e do Distrito Federal.

 

O monitoramento é anterior à fiscalização. O objetivo é averiguar a qualidade da gasolina, etanol e diesel, e identificar adulterações. O mapeamento de unidades sob suspeita é encaminhado à ANP, que pode autuar os postos. Confirmadas as fraudes, eles podem ser fechados e os dirigentes, presos.

 

A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, lembra que os órgãos de defesa do consumidor podem fiscalizar os postos, mas é a agência que tem o dever legal de monitorar a qualidade dos produtos. "Caso esse dever seja descumprido, o Ministério Público Federal pode ser acionado."

 

Por lei, o monitoramento deve ser feito em todo o país. Acre e Rondônia, entretanto, não têm avaliação desde 2011. Em março, a Paraíba foi o primeiro Estado a suspender as coletas. A partir de terça-feira, os postos gaúchos deixam de ser monitorados. Em São Paulo, as amostras foram reduzidas a um terço desde junho, quando dois contratos foram encerrados. "A ANP está reestruturando o programa", informou a Unesp, responsável pelo monitoramento no interior paulista desde 2001.

 

Os contratos são firmados por um ano e podem ser renovados por mais cinco. Após esse período, as licitações devem ser refeitas. Esse processo teria sido afetado pelos cortes no orçamento do governo - por ano, a ANP gasta R$ 39 milhões com os laboratórios.

 

Fonte: www.veja.abril.com.br (Com Estadão Conteúdo)

 

Leia Também