Correio Central
Voltar Notícia publicada em 22/08/2017

Reforma Política Vergonhosa – Por Coronel PM Fernando Luiz B. Prettz.

Por que não discutir com o povo brasileiro a redução das despesas dos parlamentares com veículos oficiais, combustível, passagens aéreas, diárias, viagens, verbas de gabinete, etc

Temos acompanhado, com muita preocupação e indignação, as propostas relativas à denominada “reforma política” em andamento no Congresso Nacional, especialmente quanto ao imoral financiamento público de campanha, no valor de 3,6 bilhões de reais, a ser pago por nós contribuintes.

 

De acordo com estudos realizados pela Organização das Nações Unidas – ONU, O congressista brasileiro é o segundo mais caro do mundo. O orçamento do Congresso Nacional previsto para o ano de 2017  é de 10,1 bilhões de reais e aumenta a cada ano. 

 

Os recursos financeiros destinados pela União ao Fundo Partidário no ano de 2017, para custear as despesas dos partidos políticos, alcançam o valor de 819 milhões de reais. Temos, ainda, aproximadamente meio bilhão de reais que saem dos cofres públicos para pagar as despesas com a propaganda eleitoral “gratuita” nos meios de comunicação, que de gratuita não tem nada. Somos nós que pagamos mais essa conta.

 

Somando-se essas três despesas (orçamento do Congresso Nacional, Fundo Partidário e Propaganda Política) são aproximadamente 11,5 bilhões de reais pagos pelo trabalhador através de impostos. E ainda querem, descaradamente, criar o financiamento público de campanha que custará mais alguns bilhões de reais aos brasileiros.

 

A reforma política que o cidadão brasileiro deseja é a redução imediata dessa sangria de dinheiro dos cofres públicos para beneficiar e financiar inúmeras mordomias desses quase seiscentos deputados e senadores.  Por que não iniciamos a discussão pela redução desse número absurdo de congressistas?

 

Por que não discutir com a sociedade acabarmos com os auxílios alimentação e  moradia, considerando que os deputados e senadores recebem elevados salários e dispõem de  imóveis públicos funcionais?

 

Por que não acabar (ou pelo menos reduzir) os milhares de cargos comissionados?

Por que não discutir com o povo brasileiro a redução das despesas dos parlamentares com veículos oficiais, combustível, passagens aéreas, diárias, viagens, verbas de gabinete, etc, a maior parte delas totalmente inúteis e desprovidas do interesse público?

 

Infelizmente, o que se se discute hoje no Congresso Nacional não é a reforma política que o povo brasileiro tanto anseia, mas, tão-somente, a perpetuação no poder e a manutenção dos privilégios de uma casta de políticos que há décadas vem dilapidando o patrimônio público brasileiro.

 

O BRASIL NÃO ACEITA PAGAR MAIS ESTA CONTA!

 

Por Fernando Luís Brum Prettz – O autor é ex-comandante da Polícia Militar do Estado de Rondônia

 

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