Correio Central
Voltar Notícia publicada em 03/02/2015

Polícia Federal suspeita que Alberto Youssef fumou maconha na prisão

Ambos perceberam odor característico de maconha queimada no setor de custódia, no período em que os presos se encontravam em banho de sol, e portanto, podiam transitar pelas celas, corredor, solário e chuveiro, relata o Ministério Público Federal em parecer realizo no dia 15 de janeiro.

A Polícia Federal suspeita que o doleiro Alberto Youssef, principal alvo do escândalo na Petrobras, tenha fumado um cigarro de maconha na carceragem da Superintendência da PF. Um dos homens apontados como laranja do doleiro, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, teria dividido o cigarro com Youssef.

 

Segundo o blog de Fausto Macedo, no Estadão, a situação teria acontecido no dia 30 de julho de 2014, quando dois agentes penitenciários da PF sentiram um 'odor atípico' vindo das celas.

 

"Ambos perceberam odor característico de maconha queimada no setor de custódia, no período em que os presos se encontravam em banho de sol, e portanto, podiam transitar pelas celas, corredor, solário e chuveiro”, relata o Ministério Público Federal em parecer realizo no dia 15 de janeiro.

 

Ao tentar identificar a origem da fumaça, os agentes ouviram o barulho da descarga vindo da cela número 2, por onde Youssef e Carlos Alberto da Costa teriam se livrado do cigarro. “Tentamos adentrar ao local e surpreender os presos, que se encontravam em procedimento de chuveiro e banho de sol”, relatam os agentes, segundo o blog do Estadão.

 

“Quando realizei a abertura do cadeado, embora o tenha feito com cuidado, os presos Carlos Costa e Alberto Youssef, que se encontravam no interior da cela 2, rapidamente acionaram a descarga do sanitário”, contou um deles. O delegado federal responsável pela Custódio na Superintendência da PF foi acionado.

 

Ao ser ouvido pela polícia, Costa disse que tudo não passou de um 'mal entendido', e que o cigarro era feito com chá de hortelã e papel bíblico. O delegado Ivan Ziulkowski pediu para que o advogado, preso com Youssef, confeccionasse outro cigarro igual ao que ele disse que a dupla utilizou,

 

Ao fumar o cigarro na frente da polícia, tanto o delegado quanto os agentes da PF relataram ter a impressão de que o odor deste era diferente do primeiro flagrado na carceragem. Eles também questionaram como o detento conseguiu o isqueiro clandestino.

 

Tanto Costa quando Youssef negaram ter fumado maconha. O caso foi registrado e investigado em sigilo durante um inquérito oficial, que se encerrou oficialmente há 15 dias. “Foram realizadas buscas em todas as celas, inclusive com a utilização de cães farejadores da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal, mas não foram encontradas substâncias entorpecentes”, informou a Procuradoria da República.

 

“Cabe ressaltar que logo após a chegada do delegado Ivan ao local, os presos A.A.B. e L.F.P.L” que retornavam para a cela 4 “também notaram o odor de ‘mato queimado’”. Um deles. empolgado, chegou a dizer “vai deixar nós tudo doidão”.

 

A suspeita é de que Costa tenha sido responsável pela entrada da maconha na carceragem, pois ele é o único a ter direito à visitas durante a prisão. O inquérito chegou a conclusão de que não havia como comprovar que o doleiro e o advogado tenham consumido a droga.

 

Fonte: iBahia


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